DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1312 *bni (nãhal)
Este verbo refere-se ao lamento que acompanha o luto. Um sinônimo é ’ãnâ,
“lamentar”, “prantear”. Vejam-se também qyn, ’ãbal e sãpad, que são empregados para
designar as várias manifestações de pranto formal e profissional que eram comuns no
antigo Oriente Médio, nãhâ ocorre três vezes. Este pranto era feito por mulheres ou
outros profissionais (Jr 9.18 [181; Ez 32.18; Am 5.16).
Deus exige que tal atividade acompanhe um canto fúnebre como antecipação do juízo
iminente sobre Israel (Jr 9.9-11, 16-21; 31.15). Miquéias dá ordens para que se lamente
semelhantemente pelo povo, que está condenado por Deus mas assim mesmo continua em
sua rebeldia (2.4; Am 5.16). Usa-se esta palavra para indicar o luto pelas multidões de
egípcios, que estavam condenadas por Deus (Ez 32.18).
*
nchí. L a m en ta çã o. Este substantivo indica o resultado de nãhâ. E difícil fazer distinção
entre este resultado e o de 'ãrcâ, “lamentar”.
B ib lio g ra fia : — AI, p. 60. — GREGORY, T. M., M oum ing, In: ZPEB, v. 4, p. 302-6. —
KlTCHEN, K. A. Burial and m oum ing, In: NBD. p. 170 e ss.
L.J.C.
713 ( n m Veja o n? 1 311d.
1312 **?nj (nãhal) co n d u zir com cu id ado.
Termo Derivado
1312a *?*7rT3 (nahãlòl) p a s to (Is 7.19, somente).
Esta raiz, que ocorre no piei e no hitpael, denota o cuidado amoroso do pastor ao
conduzir o seu rebanho, especialmente aquelas ovelhas com crias (Is 40.11). Quanto a
sinônimos, veja-se nãhag. O verbo ocorre dez vezes.
O sentido básico de nãhal aflora claramente em Isaías 51.18; Gênesis 33.14; Isaías
40.11. Na primeira passagem, em paralelo com a raiz em questão, encontra-se a frase
“conduzir [ARA, ‘levar’] pela mão”, isto é, conduzir alguém que está desamparado (cf Jz
16.26; Is 42.6) ou que necessita ser dirigido corretamente (cf. Gn 19.16; Is 45.1). Dessa
maneira, Jerusalém, que foi embriagada pelo juízo divino, está desamparada. A segunda
passagem (Gn 33.14) registra o pedido de Jacó a Esaú para que pudesse viajar mais
devagar e sossegado com seus rebanhos e filhos. Finalmente, a raiz é paralela de rã‘â,
“pastorear”, recolhendo seguramente os cordeirinhos nos braços e carregando-os no colo.
A raiz está especificamente associada com aquilo que um pastor faz ao conduzir ovelhas
prenhes.
É esta ação condutora, própria de um pastor e caracterizada por um cuidado
amoroso, que tipifica a condução divina de seu povo até a Palestina (onde o verbo está em
paralelo com nãhâ, Êx 15.13). Davi confessa que Deus ternamente o leva a águas
tranqüilas (frase paralela de “Ele me faz repousar em pastos verdejantes", Sl 23.2) e ora
pedindo o contínuo cuidado divino (Sl 31.3 [4], paralelo de nãhâ). O eschaton confirmará
a terna direção, por Deus, de seu povo (Is 40.11; 49.10).
A idéia de conduzir com ternura estende-se para a de acompanhar com ternura, por
exemplo, pessoas debilitadas fisicamente, que vão montadas em jum entos (2 Cr 28.15),
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