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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2097 ÜIÔ (rõ'sh)<br />

e “principal pedra, angular” (lit. “ (pedra) cabeça de esquina”; Sl 118.22). Essa passagem<br />

e uso são levados para o NT e citados por Jesus quando ele fala sobre ser rejeitado pelos<br />

judeus (Mt 21.42; Lc 20.17; E f 2.20; 1 Pe 2.7). A raiz é amplamente usada no AT junto com<br />

outros termos para dar o sentido superlativo, pois o hebraico não possui nenhuma forma<br />

simples para expressar esse grau. Existem muitos exemplos desse emprego (Êx 30.23),<br />

em que o sentido é de “ótim o”, “excelente”, “o m elhor”, sendo que nada mais é próprio para<br />

o serviço de Deus. Esse sentido teológico é aplicado aos oficiais do templo (2 Rs 25.18) e<br />

aos m elhores músicos (Ne 11.17). Na maioria das traduções, existem divergências quanto<br />

à tradução de r õ ’sh quando este vocábulo é usado com o sentido de “chefe”, com o, por<br />

exem plo, Números 31.26 e muitas passagens semelhantes, em que o sentido pode ser o<br />

de chefe de fam ília ou de líder de clã. A raiz aparece em muitas passagens com o sentido<br />

de “som a” ou “total” (Pv 8.26; Êx 30.12; Nm 1.2; etc.). A forma aramaica aparece com o<br />

sentido pouco comum de “totalidade” ou “conteúdo” de um sonho (Dn 7.1). Em bora seja<br />

possível identificar no acadiano e em última instância no sum ério a origem de muitos usos<br />

da raiz, a idéia de depender do “cabeça” da nação com o uma autoridade suprem a ou uma<br />

personalidade escolhida é desenvolvida num nível muito m aior em hebraico do que nas<br />

outras línguas. O uso teológico da raiz para designar no AT funções determ inadas por<br />

Deus entra para o NT em títulos tais como “cabeça da igreja” (E f 5.23), que é atribuído a<br />

Cristo.<br />

r i ’ s h ô n . P r im e ir o , in icia L Esse adjetivo, que funciona como numeral ordinal e deriva<br />

da m esma raiz de r õ ’sh (q.v.), é cognato do acadiano rêétu. O vocábulo ocorre mais de<br />

180 vezes no AT numa ampla variedade de conotações e contextos. E usado em três<br />

sentidos distintos e em várias construções especiais. Um número m aior de ocorrências é<br />

m ais bem traduzido por “anterior”, “primeiro” (dentre duas coisas acontecidas no tempo,<br />

Gn 25.25), “precedente” (adj., Nm 21.26), “antigos” (subst., Dt 19.14), “coisas passadas”<br />

(EBB, Is 41.22). O segundo uso mais comum é no sentido de “primeiro” acontecim ento em<br />

uma série, com o em “primeiro” da raça humana (Jó 15.7), “primeiro” dia de um ritual (Dt<br />

16.4), “prim eira” derrota (1 Sm 14.14) e “primeiro” (o mais ágil) numa transgressão (Ed<br />

9.2). O terceiro uso mais comum é no sentido cronológico de “antes”, “anteriorm ente” (Gn<br />

28.19; Dt 13.10). Existem outros sentidos mais específicos: “os chefes das províncias” (1<br />

Rs 20.17), “primeiramente partiu” (Nm 10.14), “preparar primeiro" (1 Rs 18.25). Visto que<br />

a ortografia hebraica, pelo menos em épocas posteriores, não em pregava um sistem a<br />

sim ples de notação numérica, todos os números ordinais são escritos por extenso e<br />

vocalizados no TM. Existem, no entanto, alguns poucos dados de que na antigüidade se<br />

usou um sistem a de notação numérica para numerais tanto cardinais quanto ordinais.<br />

r è ’sh ít. P rim eiro , p r in c íp io , esco lh id o , m e lh o r (d e um g r u p o ). Substantivo<br />

fem inino derivado da raiz r õ ’sh , aparece 50 vezes em praticamente todas as partes do<br />

AT. O significado básico é o de “primeiro” ou “início” de uma série. Esse termo pode referirse<br />

ao início de uma série de acontecimentos históricos (Gn 10.10; Jr 26.1), mas também<br />

designa uma condição básica ou necessária, como é o caso da reverência a, ou tem or de,<br />

Deus (Sl 111.10; Pv 1.7), e o início, em contraste com os resultados, de uma vida (Jó 8.7;<br />

42.12). É em pregado freqüentem ente no sentido especial de “escolhido” ou “m elhor” de um<br />

grupo ou categoria de coisas, particularmente com referência a itens que devem ser<br />

separados para o serviço ou sacrifício divinos. Desse modo faz-se distinção entre as<br />

“prim ícias” (Lv 2.12; 23.10; Ne 12.44) e o “melhor” (ARA, “prim ícias”, Nm 18.12). Usos<br />

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