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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2445 bZÜ (shãpél)<br />

2445d trfpsd (sh'pèlâ) Sefelá planície.<br />

2445e TifySD (shiplút) afundamento (i.e., lassidão, Ec 10.18, somente).<br />

shãpêl é empregado 30 vezes no qal e no hifil. Há cognatos em ugarítico, árabe,<br />

acadiano, aramaico e árabe do sul. shãhah, “agachar-se”, “encurvar-se”, tem sentido<br />

semelhante e às vezes ocorre em paralelo com shãpêl.<br />

Conquanto a idéia de “ser baixo”, “estar baixo” (no sentido físico), esteja subjacente<br />

ao verbo e seus derivados, o uso mais importante é o sentido figurado de “degradação”,<br />

“humilhação”, “humildade”. A exceção é o nome próprio Sefelá, que será tratado à parte.<br />

No sentido físico, “estar baixo” ou “fundo”, shãpãl aparece associado com lepra em<br />

Levítico 13.20-21, 26; 14.37.<br />

A raiz é usada com maior freqüência naquelas passagens que tratam da ameaça ou<br />

promessa divinas de humilhar e aviltar aqueles que são altivos e orgulhosos e ao mesmo<br />

tempo exaltar aqueles que têm andado humildemente diante dele. A humilhação e<br />

restauração de Nabucodonosor, em Daniel 4, proporciona um exemplo vivido. Muito<br />

embora essa passagem esteja em aramaico, o versículo 37 [341, que faz parte do<br />

testemunho do rei, emprega a raiz shãpêl exatamente com o mesmo sentido em hebraico,<br />

“(Deusl pode humilhar aos que andam na soberba”. Semelhante sentido ocorre em Daniel<br />

5.19 (também em aramaico), 1 Samuel 2.7, na oração de Ana, e 2 Samuel 22.28, no<br />

testemunho de Davi.<br />

Essa verdade é um elemento importante da escatologia de Israel. Isaías 2.6-22<br />

adverte acerca da futura queda dos altivos e arrogantes, quando haverá um dia de ajuste<br />

de contas com eles. Os inimigos de Israel também experimentarão esse destino (Is 25.11-<br />

12; 26.5). Somente Deus possui essa capacidade de humilhar e exaltar, e, em Jó 40.11, Jó<br />

é desafiado com as palavras “atenta para todo o soberbo, e abate-o”; se ele puder!<br />

Também se utiliza a raiz na admoestação a que se cultive um espírito humilde. Em<br />

Isaías 57.15 Deus diz que ele habita com os de espírito humilde e vai revigorar e<br />

revivificá-los. E também em Salmos 138.6, embora Deus esteja sublimemente exaltado,<br />

ainda assim ele se interessa pelos humildes, mas se mantém afastado dos altivos.<br />

Provérbios 29.23 recorda-nos de que o orgulho abaterá u homem, mas um espírito humilde<br />

alcançará honra. Provérbios 25.7 aconselha que é melhor ocupar um assento menos<br />

importante num banquete e então ser convidado a ocupar uma posição de maior destaque<br />

do que experimentar o inverso.<br />

shepèlâ. Planície, Sefelá Nesse topônimo, a idéia de “estar baixo” é referência ao fato<br />

de que a região de colinas indicada pelo vocábulo fica em baixa altitude em relação aos<br />

montes da Judéia, a leste. A altura média dos montes da Judéia é de 600 a 900 metros.<br />

Na Sefelá é de 150 a 240 metros, com uma altura máxima de 450 metros. Essa região de<br />

colinas tem 43 quilômetros de comprimento e 16 quilômetros de largura, sendo cortada<br />

por diversos vales estratégicos que vão dos montes da Judéia até o litoral. Os principais<br />

desses vales são: o vale de Aijalom, onde se deu a histórica batalha de que participou<br />

Josué e em que o sol parou; o vale de Soreque, onde Sansão teve freqüentes escaramuças<br />

com os filisteus; e o vale de Elá, onde Davi derrotou Golias.<br />

Que a Sefelá é uma área geográfica distinta (à exceção de Js 11.2, 16) é algo que se<br />

pode ver em Josué 10.40; Juizes 1.9; Jeremias 17.26; e outras passagens. Aqui ela está<br />

especialmente contrastada com o Neguebe e com os montes da Judéia. Em Deuteronomio<br />

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