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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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500 (hãlal)<br />

estava fortemente ligada a Davi, o rei idílico. Os temas relacionados e incluídos nas<br />

expressões verbais de louvor (os salmos) demonstram que é imperativo que Deus seja<br />

reconhecido em sua divindade (Sl 102.21 [22J) e que a plenitude dessa divindade seja<br />

confirmada e declarada. Isto deve ser oferecido numa atitude de prazer e regozijo. A fé e<br />

a alegria estão inextricavelmente entrelaçadas. Em segundo lugar, é significativo que a<br />

m aioria dessas ocorrências esteja no plural (exceto Sl 146.1; 147.12, que é coletiva). Isto<br />

nos mostra, tal como faz o uso dos salmos no culto israelita, que o louvor a lavé era<br />

especialm ente, embora de modo algum exclusivamente (Sl 146.1), congregacional. Este<br />

louvor podia envolver coros e instrumentos musicais. Podia ser expresso pela fala (Jr<br />

31.7), pelo canto (Sl 69.30[31J) e pela dança (Sl 149.3). Tal louvor era um elemento<br />

essencial do culto público formal em Israel. É importante notar a forte relação entre o<br />

louvor e o conteúdo intelectual. Toda a criação, tanto terrestre (SI 148.1 e ss.) quanto<br />

celeste (Sl 148.2) é convocada a louvar a Deus. Isto não implica, todavia, que tal atividade<br />

fosse qualquer coisa m enos que inteligente. Tais personificações (Rm 8.20 e ss.) enfatizam<br />

a responsabilidade de toda a criação de dar a Deus o que lhe é devido (Sl 150.6). O louvor<br />

e o culto são constantes na obrigação e no privilégio do homem perante seu Criador e<br />

Salvador (Sl 106.1). É interessante que, durante o exílio o culto público foi mantido, mas<br />

à parte do templo. Para enfatizar sua “alegria” reduzida nessa adoração, os piedosos<br />

penduraram suas harpas (Sl 137.2) para retomar o uso de instrumentos musicais apenas<br />

depois da restauração (Sl 147.7). Além disso, a era messiânica testem unhará o cantar de<br />

um novo cântico (Is 42.10; cf. Ap 5.9). A comunidade adoradora do NT chegou à percepção<br />

de que constituía o templo de Deus (1 Co 3.16; ver hêkãl). A adoração no templo era a<br />

mais exuberante e se expressava com cânticos novos e antigos.<br />

O verbo hãlal é usado no sentido volitivo, no qual o piedoso declara sua intenção de<br />

luuvai a Deus. Tais declarações acontecem, ou no princípio (Sl 145.2), ou no final (Sl<br />

22.22[231), embora geralmente yãdá (hifil) seja usado em tais salmos. Mesmo o louvor<br />

declarativo do indivíduo ocorre num contexto de culto público (Sl 22.22(231; 35.18). fh illá<br />

tam bém pode ser usado em tais salmos (145.1; 9.14(151; 109.1). Esta afirmação individual<br />

exibe aceitação do modo imperativo expresso em hãlal. Aqui também a importância da<br />

atividade de louvar na vida do indivíduo é enfatizada por sua prolongada expressão verbal<br />

(Sl 63.5(61; 34.2(31). Exaltar publicamente assim a pessoa (Dt 10.21; Jr 17.14) e a obra (Sl<br />

106.2) de Deus eqüivale a afirmar a própria vida. Os livros históricos (e.g., Crônicas)<br />

presumem tal resolução e observam especialmente a disposição e o estabelecimento da<br />

ordem do culto, atribuindo tal estabelecimento da adoração musical a Davi.<br />

Outro uso da raiz hãlal reflete sobre a natureza e o conteúdo do louvor a Deus. Ele<br />

é o único e exclusivo objeto e o conteúdo do verdadeiro louvor (Sl 6 5 .1 (2 1 ; 1 4 7 .1 ; c f Jr<br />

1 7 .1 4 ). Deus está, de fato, inseparavelmente ligado ao louvor (Sl 1 0 9 .1 ; Dt 1 0 .2 1 ; Sl<br />

2 2 .3 (4 ]). Além disso, a existência humana e o louvor a Deus estão intimamente<br />

relacionados (Sl 1 1 9 .1 7 5 ). Sobrevindo a morte, este louvor no culto público, naturalmente,<br />

cessa (Sl 1 1 5 .1 7 ; cf. she ’ôl, e COPPES, L.. Sheol, what is it?, Covenanter Witness 9 2 :1 4 -7 ).<br />

A mais profunda riqueza da vida humana produz um contínuo louvor (Sl 8 4.4(51).<br />

A conotação profana (no sentido de uma qualidade louvável) é vez por vez aplicada<br />

a Deus. Isso é expresso especialmente no hitpael e pelo substantivo Vhillã. O único e<br />

contínuo motivo de glória de um indivíduo deve ser a pessoa de Deus (Sl 105.3). Gloriar-se<br />

em Deus é, na verdade, a prova da piedade de alguém (Sl 64.10(111; observe-se o seu<br />

paralelo, sãmah). O louvor de Deus (paralelo de hôd) enche a terra (Hc 3.3). fh illá<br />

também tem kãbôd com o paralelo (Is 42.8), e Deus afirma que não permitirá que outro<br />

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