DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1341 nn: (nãhâ)
“consagrado” pela BJ, “príncipe” pela TB. Na outra passagem, a ARA, a IBB e a TB trazem
“príncipe”. Uma disparidade sem elhante ocorre na tradução de nãzir em Lam entações 4.7,
em que é traduzida por “príncipes” (ARA), “nobres” (IBB, TB), “jovens” (BJ), “nazireus” (ARC).
O conceito de príncipe com freqüência tem origem na palavra cognata nêzery que em
alguns contextos tem a clara conotação de “coroa”. Mas essa palavra pode ter
experim entado um desenvolvim ento à parte, sendo que o significado “coroa” seria uma
derivação secundária (veja o nêzer). É m elhor identificar a origem do sentido de nãzir
com a raiz verbal nãzar, da qual deriva o seu sentido básico.
Em Gênesis 49.26 e Deuteronôm io 33.16, o conceito de “separado” ou “consagrado”
harm oniza-se bem com a experiência de José, cuja singularidade se vê no relacionam ento
que m anteve no início com seus irm ãos e na em inente posição a que foi, por fim, elevado
no Egito. O contexto dá, então, à palavra nãzir a conotação de um certo privilégio. Assim,
ela pode ser sem elhante ao nosso adjetivo “distinto”, que não apenas tem a conotação de
“diferente”, mas também de “em inente”. Essa interpretação abre espaço para a conotação
“príncipes” ou “m embros de classes privilegiadas”, conform e parece exigir o contexto de
Lam entações 4.7 (no entanto, a tradução “nazireus” não está de todo descartada nesse
contexto).
A palavra é aplicada a um a vinha em Levítico 25.5, 1 1 .0 contexto indica que a vinha
devia ficar sem poda durante o ano sabático e ser deixada para crescer por si só. É
desnecessário ver essa ordem com o uma extensão m etafórica da prática do nazireu de
deixar o cabelo crescer com o um ato de especial devoção, mas pode ser entendida à luz da
idéia básica de separação inerente à raiz verbal, i.e.ya vinha era posta à parte no sentido
de que não era podada. KB traduz o verbo como “pôr de lado”, “abster de cultivar”.
O sentido técnico da palavra, “nazireu”, refere-se àqueles que fizeram um voto
especial de abstinência com o um ato de devoção a Deus. Os aspectos específicos do voto
de separação encontram -se registrados em Núm eros 6.1-21, em que o nazireu é descrito
com o alguém que se abstém de ingerir uvas e seus vários derivados, que não corta os
cabelos e que evita a contam inação cerimonial resultante de tocar num cadáver.
Sansão foi um nazireu consagrado a Deus (Jz 13.5, 7; 16.17), i.e., alguém que estava
separado para Deus devido às restrições im postas sobre ele com o decorrência de voto.
Quando violou seu voto de separação, Deus o abandonou nas mãos de seus inim igos.
Os nazireus constituíam um grupo de indivíduos dedicados, tanto hom ens quanto
m ulheres (cf. Nm 6.2), que foram líderes espirituais em seu tempo. Am ós, em 2.11-12, cita
os nazireus paralelam ente aos profetas, mostrando com o a influência benigna dos
nazireus foi em pobrecida no clim a de desobediência do Israel do século oitavo a.C.
B ib lio g r a fia : — THAT, v. 2, p. 50-2.
T.E.M .
ni (nõah). Veja o n? 1 323b.
1341 n m {nãhâ) co n d u z ir , g u ia r.
Esta raiz indica a ação de conduzir alguém pelo cam inho direito. Quanto a sinônim os,
veja-se nãhag. A raiz ocorre 39 vezes.
As vezes a raiz é sinônim a de nãhag, “arrebanhar” até um destino predeterm inado;
por exem plo, levar cativo (Jó 12.23), arrebanhar/conduzir um rebanho (Sl 78.53, 72). Em
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