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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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619 mn (hãwâ)<br />

Em Salmos 19.2Í3] uma noite “revela” (ARA) conhecimento a outra noite (ARC,<br />

“mostra”).<br />

O verbo correspondente em aramaico é usado nos graus pael e (h)ael nada menos que<br />

14 vezes em Daniel. Os estudiosos têm apontado para os usos do verbo em Jó como<br />

a ra m a ísm os.<br />

O verbo aparece freqüentemente nos Papiros de Elefantina, escritos em aramaico,<br />

e no Apócrifo de Gênesis (2.5, 6, 21; 5.9; 22.3).<br />

B ib lio g r a fia : VOGT, Ernestus, Lexicon Linguae Aram aicae Veteris Testamenti,<br />

Pontificai Bibíical Institute, 1971, p. 60-1. — W a g n e r , Max, Die lexikalischen und<br />

gram m atikalischen Aram aism en im alttestamentlischen Hebráisch, Berlin, Tõpelmann,<br />

1966, p. 53.<br />

E.Y.<br />

619 HTJ (hãwâ) / / / , (exclusivamente no grau eshtafal) hishtahãwÔL, “p r o s tr a r -s e ”;<br />

“a d o r a r ” .<br />

Anteriormente as ocorrências deste verbo eram analisadas como um hitpael da raiz<br />

shãhâ (q.v.). Cognata do ugarítico hwy, “curvar-se” (UT, 19:847), usada em paralelo com<br />

kbd, “honrar”, o verbo ocorre 170 vezes, na maioria dos casos indicando adoração a Deus,<br />

deuses ou ídolos.<br />

Em seu sentido original o verbo significava prostrar-se no solo, como em Neemias 8.6,<br />

“adoraram” (ARC, ARA), porém mais corretamente “prostraram-se” (como na BJ), como é<br />

exigido pela expressão ’ãrtsâ (“até o solo”).<br />

Esse ato de prostrar-se era bem comum como prova de submissão diante de um<br />

superior. Vassalos de Faraó afirmaram, nas cartas de Amarna: “aos pés do rei [...J sete<br />

vezes, sete vezes eu caio, para frente e para trás” (cf. ANEP, fig. 5). Jeú e seus servos,<br />

ajoelhados, se curvam com a fronte tocando o solo, perante Salmanaser III, no Obelisco<br />

Negro (cf. ANEP, fig. 351).<br />

Os muçulmanos realizam sua oração, salah, com um gesto elaboradamente prescrito,<br />

chamado sugüd (cf. heb. sãgad, “curvar-se”, “prostrar-se”), em que a testa deve encostar<br />

no chão.<br />

A palavra grega proskuneõ, que é a tradução grega para hishtahãwâ em 148 vezes<br />

na LXX, teve um desenvolvimento semântico semelhante ao de sua equivalente hebraica.<br />

Tal como aquela, proskuneõ pode significar tanto “prostrar-se” quanto “adorar”. Se a<br />

proskunèsis que Alexandre, o Grande, recebeu implicava “adoração” ou simples<br />

“reverência” era incerto para seus contemporâneos, e ainda o é para os estudiosos.<br />

A prostração era um ato comum de auto-humilhação, realizado perante parentes,<br />

estranhos, superiores e, principalmente, da realeza. Abraão se prostrou diante dos heteus<br />

de Hebrom (Gn 23.7, 12). Prostrou-se, também, perante os três estranhos que o visitaram<br />

em Manre (Gn 18.2), tal como Ló diante dos dois visitantes angelicais que chegaram até<br />

ele em Sodoma (Gn 19.1). Nenhum dos dois homens reconheceu, imediatamente, estar<br />

diante de seres sobre-humanos. Balaão, porém, percebeu que era um anjo quem bloqueava<br />

o seu caminho e “prostrou-se” (Nm 22.31).<br />

Seguindo o protocolo egípcio, os irmãos de José fizeram reverência perante ele (Gn<br />

42.6; 43.26, 28), cumprindo assim o seu sonho (Gn 37.7, 9, 10).<br />

Por causa da infidelidade dos filhos de Eli, sua posteridade seria forçada, pelo juízo<br />

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