DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

583 Jnr (zrO
comentários teológicos em Isaías 41.8; 43.5; 44.3; 45.19, 25; 48.19; 53.10; 54.3; 59.21; 61.9;
65.9; 66.22; Jr 31.36, 37; 33.26; 2 Cr 20.7.
y iz rc‘e ’l. Nome próprio que significa D eus sem eia ou D eus sem ea rá ; J ezreel.
Há cinco empregos diferentes do nome. Três são localizações geográficas: 1) uma cidade
em Issacar ao pé do monte Gilboa (Js 19.18; 1 Rs 21.1 e ss.); 2) uma cidade em Judá, da
qual viera uma das esposas de Davi (1 Sm 25.43); e 3) o vale de Jezreel, que ligava o vale
de Esdralon, a oeste, ao vale do Jordão, a leste.
Jezreel é também o nome de um dos descendentes de Judá (1 Cr 4.3).
O uso teológico mais importante é o nome dado ao primeiro filho da união entre o
profeta Oséias e Gômer (Os 1.4, 5). O profeta dá ao filho o nome de “Jezreel”, que em
Oséias 2.23[25] envolve um jogo de palavras com o significado do verbo zãra‘, “semear”
ou “espalhar”. Em 1.4, todavia, a referência é ao incidente histórico da ascenção
sanguinária de Jeú ao trono de Israel (2 Rs 9.30— 10.11). Segundo Oséias 1.3, Gômer
concebeu este filho de Oséias; não foi, portanto, fruto de adultério ou prostituição. Devemos
rejeitar o ponto de vista de que Deus ordenou ao profeta que tomasse por esposa uma
mulher meretriz com filhos já nascidos ilegitimamente. Antes, a ordem em Oséias 1.2
envolve uma figura de linguagem conhecida como zeugma, na qual o(s) verbo(s)
principal(is) [‘Vai”, “casa”l controla(m) dois objetos gramaticalmente, mas apenas um
logicamente. A expressão é elíptica, pois é preciso suprir a expressão “e gera filhos”. O
estigma das ações posteriores da mãe é transmitido aos filhos de modo que eles são
chamados “filhos de prostituição”, embora não o sejam literalmente. Finalmente, no que
pode ser considerado uma afirmação de propósito, Oséias 1.2 é mais provavelmente uma
construção que indica resultado, sendo portanto semelhante a Isaías 6.9-12.
A despeito da apostasia e da prostituição espiritual de Israel, espelhadas pela
prostituição posterior de Gômer, Deus ainda semeará Israel em sua terra nos últimos dias
(Os 1.11(2.2]).
B ib liogra fia : TDNT, v. 7, p. 538-44.
W.C.K.
583 ií"'.í (zrO II. A ce ita com o ra iz de:
583a tJ/V.T (zVôaO, 2HÍ (zfróaf) b ra ço , om bro, força,
583b ( ezrôaO braço.
A etimologia desta raiz não é inteiramente clara, mas ela aparece no acadiano, no
ugarítico, no árabe, no aramaico e no etíope.
O sentido literal de “braço” é o uso raro da palavra, ocorrendo em pouco mais de uma
dúzia dentre mais de 90 referências, e.g., Juizes 15.14; 16.12; 2 Samuel 1.10. Por duas
vezes a palavra se refere às espáduas de um animal sacrificado (Nm 6.19; Dt 18.3).
Com maior freqüência, z'rôa' é usado metaforicamente. O “braço da carne”, que
simboliza a força do homem, é impotente quando comparado ao poder de Deus (2 Cr 32.8).
No plural, “braços” é equivalente a forças políticas ou a exércitos (Dn 11.15,22,31). Assim,
“quebrar os braços” de um inimigo é uma expressão figurada (1 Sm 2.31; Jó 22.9; 38.15;
Sl 10.15; 37.17; Jr 48.25; Ez 30.21, 22, 24, 25) para a destruição da força, do poder ou da
violência do inimigo e, portanto, de sua capacidade de empreender guerras.
Mais freqüentemente ainda, o braço é usado como figura antropomórfica para o poder
de Deus. A mais vivida dessas ocorrências acha-se em Isaías 30.30, em que o relâmpago
é descrito como “o golpe do seu braço que desce com indignação de ira”. Deus revela o poder
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