DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1258 **?0O (m ãshal)
'30C (m i s h k ã n ). Veja o n? 2 387c.
r.DÍL‘C (m õ s h e k e t ). Veja o n? 1 257b.
1258 (m ã s h a l ) I , r e p r e s e n t a r , s e r s e m e l h a n t e a .
Termos Derivados
1258a (m ã s h à l ) p r o v é r b i o .
1258b (m ã s h a l) I I , f a l a r e m p r o v é r b i o s .
1258c (m õ s h e l) I , s e m e l h a n ç a .
1258d +^00 (m es h õ l ) d i t o z o m b e t e i r o .
O verbo ocorre sete vezes, sendo cinco no nifal (Sl 28.1; 49.12, 20 113, 21]; 143.7; Is
14.10). Inevitavelmente o sentido é o de “tomar-se semelhante a, ser comparável a”. A
raiz aparece uma vez no hifil (Is 46.5, onde é paralelo a d ã m â ) , também com o significado
de “comparar”, e uma vez no hitpael (Jó 30.19), com um sentido semelhante na tradução.
Em todas as passagens acima, os dois objetos comparados pressupõem um contraste
em que há uma nuança de depreciação e menosprezo. Desse modo, “não suceda ... seja eu
semelhante aos que descem à cova” (Sl 28.1), “a quem me comparareis para que eu lhe
seja igual?” (Is 46.5), “[eu] me tornei semelhante ao pó e à cinza” (Jó 30.19).
Não está claro qual é exatamente a relação existente entre m ã s h a l I, “ser
semelhante a”, e m ã s h a l I I I , “governar”, se é que existe alguma relação entre as duas
palavras. Quanto a indícios do relacionamento cognato entre as duas, basta assinalar que
a tradução “governar” é peculiar ao hebraico, ao passo que a tradução “ser semelhante a”
é comum à maioria das línguas semíticas. Houve quem propusesse que o sentido de
“governar” surgiu daquela mentalidade envolvida com a idéia de magia simpática, ou seja,
a de que a ação simbólica (neste caso a ação de governar) faz lembrar os efeitos que ela
espera produzir (Godbey). No geral essa sugestão tem sido desacreditada.
m ã s h ã l. P r o v é r b i o , p a r á b o l a , a l e g o r i a , a d á g i o , d i t o s a t í r i c o , m o t e j o , d i s c u r s o ,
t r a t a d o . De grande interesse é o vasto número de possíveis traduções para este
substantivo, que ocorre 3 9 vezes no A T (oito vezes em Ezequiel).
Traduzir m ã s h ã l apenas como “provérbio" leva a uma p erd a do amplo campo
semântico da palavra, o qual se vê sugerido na grande variedade de palavras utilizadas
nas diferentes traduções. Estamos acostumados a p e n sa r em provérbio como um dito
breve, conciso, às vezes satírico, que pressupõe a condição de máxima moral. Entretanto,
no AT a palavra m ã s h ã l pode indicar uma parábola ampliada (e daí a freqüente tradução
p a r a b o l ê na LXX; Ez 17.2 e w . 2-24; 20.49 [21.5] e w . 45-49 [21.1-5]; 24.3 e w . 3-14). Ela
pode referir-se a um tratado didático ampliado (Pv 1.8-19, e .g .) . Uma pessoa (Saul, 1 Sm
10.12; Jó, Jó 17.6) ou um grupo de pessoas (Israel, Salmos 44.14 [15]) pode servir de
m ã s h ã l .
Quanto a este último aspecto, repare-se o versículo em 1 Samuel 10.12, “Pelo que se
tornou em provérbio: Também Saul entre os profetas?”’. O que está envolvido aqui é o
estabelecimento de um exemplo público, neste caso o exemplo de alguém da realeza cujo
comportamento em público foi de uma extravagância questionável. O “provérbio” seria,
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