DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2537 "ISO (tãpar)
tõp. Tamboril, pandeiro. O substantivo tõp é um termo genérico para tamborins e
tambores médios (os instrumentos de percussão mais comuns nos tempos antigos), dos
quais foram encontrados exemplares em escavações no Egito e na Mesopotámia. Com
freqüência, mas nem sempre (cf., e.g., 1 Sm 10.5), eram usados por mulheres e aparecem
em contextos de diversão (Gn 31.27; 2 Sm 6.5; 1 Cr 13.8; Jó 21.12; Is 5.12; 24.8; Jr 31.4),
de vitória na guerra (Êx 15.20; Jz 11.34; 1 Sm 18.6; Is 30.32) e, acima de tudo, de louvor
ao Senhor. Entretanto, o tamboril não está entre os instrumentos mencionados em
Crônicas e preceituados para a adoração no templo (1 Cr 15.16-24; 16.4-6, 42; 25.1-6).
Somente na procissão que levou a arca a Jerusalém é que se usaram tambores (1 Cr 13.8).
Tambores também são mencionados em três salmos (Sl 81.2 [3]; 149.3; 150.4). Em Jó 17.6
a KJV traz “tamboril” como tradução do hebraico tõpet (mas essa palavra, provavelmente
derivada da raiz twp, é mais bem traduzida por “cuspir” [ARA]).
R.F.Y.
2537 HDH {.tãpar) costurar (e.g., Gn 3.7; Jó 16.15).
2538 Í2ST1 (tãpas) apanhar, manejar, segurar.
Esse verbo aparece 49 vezes no grau qal e 15 vezes no nifal. Também é atestado uma
vez no piei, em Provérbios 30.28, em que, à luz do contexto, provavelmente se deve
traduzir por “podes apanhar uma lagartixa nas mãos” (cf. ARA, EBB, BDB).
O verbo basicamente significa “capturar”, “segurar”, às vezes preparando-se para
uma outra ação. É, portanto, empregado para designar a ação de capturar pessoas (2 Rs
14.13) ou cidades (Js 8.8) ou de empunhar armas para usá-las (Am 2.15) ou ainda de
apanhar instrumentos musicais para tocá-los (Gn 4.21). Desse modo o verbo também
possui o sentido figurado de “ser hábil” ou “ser destro” na lei (Jr 2.8) ou na guerra (Nm
31.27). Os usos figurados do verbo são, de fato, os mais interessantes. Em Salmos 10.2
se diz que os ímpios são apanhados em seus próprios estratagemas, enquanto em Ezequiel
14.5 o Senhor manifesta a sua intenção de capturar ou aterrorizar os corações de seu
povo, o qual está adorando ídolos. Provérbios 30.9 adverte contra apanhar ou profanar o
nome de Deus e é um exemplo excelente de como a literatura de sabedoria do AT
pressupõe a legislação mosaica (Êx 20.7; Lv 19.12; Dt 5.11).
R.F.Y.
2539 rah (tõpet) Tofete.
Uma forma alternativa, topteh, se encontra em Isaías 30.33, em que a TB traz
“Tofete”, e a ARA e a IBB, “fogueira”. Quanto a tõpet I, “cuspir” (Jó 17.6), veja-se tãpap.
O nome “Tofete” designava um local no vale dos filhos de Hinom (2 Rs 23.10; Jr 7.31
e s.; 19.6), onde crianças eram oferecidas em holocausto a divindades pagãs. Mais
especificamente, “Tofete” eram “altos” (Jr 7.31-32), santuários ao ar livre, situados muito
provavelmente num ponto do lado de fora do extremo sul de Jerusalém, onde o vale de
Hinom se encontra com o vale de Cedrom, nos arredores de Aceldama, o “Campo de
Sangue” (At 1.19; veja-se J. SlMONS, Jerusalem in the Old Testament, p. 12, 230). A
menção que Jeremias faz ao “vale dos cadáveres e da cinza” (Jr 31.40) talvez diga respeito
à terrível prática de sacrifício de crianças em Tofete. Visto que a palavra hebraica
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