DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

274 *~ip!p (bãqar>
Na qualidade de riqueza, bãqãr podia ser dado como presente (Gn 21.27). Num gesto
m tgeeerosidade, Abraão preparou um novilho para o mensageiro angelical (Gn 18.7). José
Im u u pão por gado (Gn 47.17). Davi tinha rebanhos reais (1 Cr 27.19). bãqãr era
f e j» i f 11 ite na mordomia. Um dízimo do rebanho {bãqãr) era consagrado ao Senhor (Lv
3_' Sã i interessantes os dados registrados em Números 7.12 e ss. Para Israel o dízimo
dEfkiknente podia ser algo exclusivamente particular, a respeito do qual a comunidade
IHvtixiha informações. O avívamento na época de Ezequias trouxe um senso de mordomia
ea_- ofertas voluntárias em bãqãr (2 Cr 31.6).
A existência de uma família dependia normalmente de seu gado ovino e bovino. Por
iaso Faraó sentiu-se seguro em deixar Israel ir, se eles deixassem seus rebanhos para trás
Èt 10 24). Como parte da casa, o gado participou do arrependimento em Nínive (Jn 3.7)
e os servos que deles cuidavam são mencionados depois dos animais (Gn 12.16; 26.14).
bãqãr era oferecido em sacrifício pelos não-israelitas, como é o caso de Balaque (Nm
22.40). bãqãr é designado por Deus como especialmente apropriado para sacrifícios, sem
dúvida por causa do princípio de que a vida da carne está no sangue (Lv 17.11), mas
talvez também porque bãqãr representa uma posse especial de um homem. Geralmente
as ofertas deviam ser feitas com gado tirado do rebanho (bãqãr) ou do gado miúdo (Lv 1.2;
cf. Nm 15), e, na sua maiôria, Os animais deviam ser machos, ainda que nem sempre (1
16.2). As vezes, como em dedicações, tanto um novilho do rebanho (bãqãr) quanto um
carneiro do rebanho miúdo eram exigidos (Êx 29.1; Lv 16.3). Ofertas queimadas para
votos e ofertas voluntárias (Lv 22.17-19) e também ofertas pelo pecado (Lv 4.3) exigiam
um aniinal macho. A grande quantidade de sacrifícios de bãqãr feitos por Salomão na
ocasião da dedicação do Templo é uma amostra tanto de sua riqueza como de sua piedade
(1 Rs 8.5, 63). A maior parte de tais ofertas era comida pelos adoradores. O grande
número de sacrifícios era proporcional à multidão de pessoas.
Os bãqãr eram usados como animais de trabalho pelos fazendeiros fixos (1 Sm 11.5;
1 Rs 19.19; Jó 1.14) e como fonte de carne e coalhada (Dt 32.14; Is 22.13) em todas as
economias da Palestina desde o fim da Idade da Pedra (BODENHEIMER, F. S., Animal and
man in Bible lancfs, 1960, p. 36s.). Sendo animais limpos (Dt 14.4), eram usados como
alimento em ocasiões especiais (Gn 18.7; 1 Rs 1.9) na corte real (1 Rs 4.23(5.31) e, de modo
geral, como alimento vital (J1 1.18). É interessante o fato de que o gado de porte maior
era evidentemente mais comum na antiga Palestina do que agora. O gado bovino exige
mais pastagem e comida do que o ovino.
Deve-se notar, o que está de acordo com a teologia da ecologia, o cuidado de Deus
pelos animais. O livro de Jonas cita a bondade de Deus não só para com os seres humanos
mas também para com os rebanhos (Jn 4.11). bãqãr e os rebanhos de gado miúdo
participaram do jejum proclamado peLo rei (Jn 3.7). A era vindoura de felicidade é descrita
como um tempo quando haverá mudança também nos hábitos dos animais, pois “o leão
comerá palha como um boi” (bãqãr, Is 11.7; cf. 65.25).
bõqer. M a n h ã , a u rora . Ligado à raiz bãqar, bõqer {c. de ‘200 vezes) denota o irromper
da luz matinal e, por conseguinte, da aurora, ou seja, da manhã. Este substantivo é
peculiar ao hebraico ainda que a raiz não o seja.
Termo freqüente nas partes narrativas do AT, bõqer denota um indicador de tempo
como no casb da expressão “levantou-se, pois, Josué, de madrugada (manhã}” (Js 3.1).
.. ’ . irv ^ junto com tarde (‘ereb), pode-se referir a um dia completo (Gn 1.5);
nas frases "desde 3 tarde até pela manhã” designa o período noturno (Lv 24.3), e na
209