DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

916 “p (yrk)
Em est Benn, 1957. — SMICK, E. B. Archaeology o f the Jordan valley. Baker, 1972, p. 63-
6. — VlNCENT, L. H. The chronology of Jericho. Palestinian Exploration Quarterly
63:104s.
J.E.H.
Í7ÍTT (yeriâ). Veja o n? 917a.
916 ”JT (yrk). Aceita com o raiz de:
916a t~]T (yãrêk ) co x a , lom bo.
916b +TDT (yar*kâ), “ D T (yrrèkâ) fla n c o , lado.
y ã r ê k . C oxa , lom bo, la d o, p e d e s ta l. A expressão “que saíram da sua coxa” (IBB)
significa “descendência” (e.g., Gn 46.26; c f ARA); veja também Juizes 8.30. A coxa
simboliza o que se poderia chamar de parte firme do homem (e.g., o lugar de cingir a
espada; c f Jz 3.16, 21) e a fonte da vida. Dessa maneira, a mão colocada sob a coxa
sinalizava o mais solene do juramento, especialmente durante a época patriarcal (c f Gn
24.9). E bater na coxa tinha o sentido de profundo arrependimento (Ez 21.12 [211; Jr
31.19). Os hebreus reconheceram a beleza da coxa feminina (Ct 7.1 [2]). No entanto, uma
mulher que, por desconfiança do marido, fosse acusada de adultério tinha de beber água
amarga e pronunciar uma maldição. Caso fosse culpada, seu corpo incharia e sua coxa
descairia (Nm 5.21 s.); talvez isso indique o aborto espontâneo de um filho ilegítimo. A
palavra também refere-se ao “lado” do tabernáculo (Êx 40.22) e do altar (Lv 1.11) e ao
pedestal do candelabro (Êx 25.31).
Não é de admirar que o anjo, em sua luta com Jacó em Peniel, atingiu a coxa de
Jacó. Ele demonstrou sua força superior e indicou que a própria base da vida de Jacó fora
mudada, o que foi também indicado pela mudança do nome do patriarca. Um lembrete
permanente desse acontecimento foi dado a Jacó por ter de coxear constantemente e à
nação por ser proibida de comer o tendão da coxa (Gn 32.25, 31 s. [26, 32 s.]).
yarkâ. F la n c o , la d o, p a r t e p o s te r io r , ex trem id a d es, p a r t e s m a is in tim a s,
p r o fu n d e z a s , r e g iõ e s lo n g ín q u a s. Aparece 28 vezes. A palavra refere-se ao lado de trás
ou mais distante de qualquer coisa. É empregada para indicar os fundos de uma
edificação, a extensão de uma fronteira (Gn 49.13), região interiorana (Jz 19.1), a parte
mais profunda de uma caverna e as partes internas de um navio (Jo 1.5). “Ao mais
interior do Líbano” indica onde os cedros cresciam (2 Rs 19.23). O Sheol é chamado de as
profundezas da cova (Is 14.15; TB, “extremidades do abismo”; c f Ez 32.23).
As regiões mais remotas, especialmente o norte longínquo, são vistas como afastadas
de Deus. Todos os países, à exceção do Egito, tinham de chegar a Jerusalém vindos do
norte, por causa do deserto e do mar. Conseqüentemente, imaginavam-se os inimigos de
Deus, naquelas regiões remotas, a reunirem-se e a planejarem seu ataque contra
Jerusalém. Jeremias anteviu a destruição que se avizinhava de Jerusalém como “uma
grande nação [que] se levanta dos confins da terra” (Jr 6.22; c f 25.32; 50.41; Ez 38.6, 15;
39.2). As regiões longínquas podem-se estender mesmo fora do globo terrestre. A
Babilônia, planejando dominar o mundo inteiro, declarou: “no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do norte” (Is 14.13).
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