DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1965 (tsõr)
]"1SS (tsippõren). Veja o n? 1961a.
(tsepet). Veja o n? 1951c.
1964 (tsiqqãlõn). Significado incerto, talvez v e s tes (2 Rs 4.42).
1965 “IS Usõr) T iro.
Tiro era uma das principais cidades-estados dos fenícios na região do Líbano. O
centro de Tiro situava-se numa ilha rochosa, a curta distância da costa. Tal localização
proporcionava excelente defesa. Com um quebra-mar comprido, exibia um dos melhores
portos do litoral da Palestina. Sua história fez paralelo com a ocupação de Canaã pelos
hebreus. Os fenícios eram excelentes comerciantes dos mares e mercadores de púrpura.
Adoravam muitos deuses, inclusive Baal.
Em vários períodos tiveram relacionamento comercial e religioso com Israel. Davi fez
uma aliança com Hirão, rei de Tiro. Este despachou os famosos cedros do Líbano para a
construção do palácio (2 Sm 5.11 e s.). Hirão continuou a aliança com Salomão e lhe
forneceu a madeira e o ouro necessários para a construção do templo e do palácio de
Salomão (1 Rs 5). Outro Hirão, um artesão habilidoso, foi enviado para ensinar e ajudar
os artesãos hebreus nos vários detalhes da construção (1 Rs 7.13 e s.). Como compensação,
Salomão supriu o rei Hirão com grandes quantidades de alimento. Mais tarde teve de
acrescentar a esse pagamento mais 20 cidades da Galiléia, mas Hirão não ficou satisfeito
(1 Rs 9.11-14). Salomão também se juntou a Hirão em aventuras comerciais no litoral da
Africa em busca de todo o tipo de produtos exóticos (1 Rs 10.22). Josafá tentou, sem
sucesso, uma aventura comercial conjunta parecida (1 Rs 22.49 e s.). O maior impacto da
religião fenícia em Israel ocorreu devido aos esforços zelosos de Jezabel, filha de Etbaal,
rei de Tiro, casada com Acabe. Seus esforços criaram uma crise no iavismo, cujos
principais defensores foram Elias e Eliseu (1 Rs 16.29— 2 Rs 10.35). E o impacto causado
por ela alcançou Judá devido ao casamento de sua filha Atalia com Jeorão, rei de Judá
(2 Rs 8.16 e ss.; 11.1-20). Mais tarde Tiro e Sidom voltaram a fornecer cedros para a
construção do segundo templo em troca de alimentos, bebida e azeite (Ed 3.7). Mas os
comerciantes de Tiro violaram a lei judaica ao vender peixe e outros produtos no dia de
sábado (Ne 13.16).
Os profetas compuseram muitos oráculos e lamentos de destruição contra Tiro por
causa do orgulho e da arrogância de se considerarem a maior nação no comércio marítimo
que lidava com os produtos mais finos e caros (Is 23; Jr 25.22; 47.4; Ez 26-28; cf. Sl 45.12
[13J). Tiro havia adquirido uma imensa riqueza por meio de sua notável sabedoria (J1 3.1-
8 [4.4-81; Zc 9.3 e s.; Ez 28.3 e ss.). Habilidade e sucesso haviam levado o seu príncipe a
afirmar que era deus (Ez 28.2, 9). Num lamento Ezequiel o descreve como alguém perfeito
no jardim do Eden, mas ele se corrompeu com a violência do seu comércio. Por isso Deus
fez com que fosse expulso do jardim e castigado (Ez 28.12-19). Mas, por intermédio de
Isaías, Deus estendeu a Tiro esperança de restauração. Suas mercadorias e seus
préstimos seriam então consagrados a lavé, e Tiro forneceria alimentos e roupas finas
àqueles que viessem a habitar diante do Senhor (Is 23.17 e s.).
B ib lio g r a fia : — BLAIKLOCK, E. M. Tyre. In: ZPEB. v. 5, 832-5. — HARDEN, Donald.
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