DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1637 (‘ãmad)
sacerdotes e dos juizes que houver naqueles dias” (cf. Jr 7.10). Tal apresentação era para
julgamento. Pôr-se diante de Iavé e de seus servos no santuário prenuncia a definição da
verdade e da justiça. As vezes a nação toda era chamada a vir até o santuário central e
“pôr-se perante o SENHOR” em assembléias solenes para atos de sacrifício (e.g., Lv 9.5).
Servos de Iavé “apresentam-se perante ele” (ARA, “estarão diante de mim”) como expressão
de uma atitude de dedicação, lealdade e serviço. Essa terminologia é empregada em
referência a sacerdotes (e.£., Ez 44.15) e especialmente a crentes sinceros durante o
período da decadência e apostasia de Israel (Elias, 1 Rs 17.1; 18.15; Eliseu, 2 Rs 3.14; e
Geazi [com relutância], 2 Rs 5.16).
Assim como José esteve diante de Faraó (Gn 41.46), Davi diante de Saul í 1 Sm
16.21), Abisague e Bate-Seba diante de Davi (1 Rs 1.2, 28) e Nebuzaradã diante de
Nabucodonosor (Jr 52.12), também o crente está diante de Iavé numa posição de
obediência, respeito e prontidão para servir. Tal posição é tão nobre quanto a majestade
daquele que é servido. Quando alguém se põe diante de Iavé para servi-lo, não existe
honra maior que possa almejar.
Um uso crucial do verbo ‘ãmad e tema de um debate interminável tem que ver com
o controvertido “dia longo” de Josué 10.12-13, um dia diferente de todos os outros, quando
“Iavé ouviu à voz de um homem, pois Iavé pelejou por Israel” (lit., Js 10.14). R. D. Wilson
explicou há muito tempo que o uso de ‘ãmad (ao lado do de dôm) nos versículos 12-13 não
se refere ao prolongamento do dia, mas à cessação do calor e da luz do sol, ou seja, um
eclipse combinado com uma tempestade. A derrota do inimigo deu-se nào em meio a um
dia bastante longo e quente, mas nas trevas de uma tempestade. (Acerca desse ponto,
vejam-se H. J. BLAIR, em NBC, ed. rev., p. 244; e J. Rae, em WBC, p. 218). D. Patten,
seguindo uma sugestão de I. Velikovsky, associa o fenômeno à passagem bastante
próxima de algum corpo celeste.
‘õm ed. L u g a r. Substantivo masculino encontrado sob a regência de uma preposição e
com sufixo pronominal em escritos posteriores do AT (nove vezes em Dn, Ne e 2 Cri.
‘em dâ. P o s to , p o s iç ã o . Substantivo feminino encontrado apenas em Miquéias 111
‘ammCkd, ‘am m ud. C o lu n a , p ila r. Substantivo bastante comum (110 vezes no AT'. usado
em referência às colunas que sustentavam prédios (e.g., Jz 16.25), as colunas de bronze
do templo (1 Rs 7.15) e a coluna de nuvem e de fogo na teofania de Iavé (e.g., Êx 14 24
O substantivo masculino ‘ammüd, “pilar”, “coluna”, designa colunas estruturais de
sustentação, colunas verticais de bronze (como monumento), colunas de fumaça, fogo e
nuvem, e, em expressões figuradas, “colunas” que sustentam a terra e os céus tveja-se Sl
75.3 [4]; Jó 9.6). Colunas para sustentar estruturalmente o teto de grandes construções
foram utilizadas desde um período bastante remoto no antigo Oriente Médio. A conhecida
história da vitória final de Sansão sobre os filisteus no palácio na cidade de Gaza descreve
como ele destruiu o prédio, matando milhares e também a si mesmo, ao deslocar as
colunas de sustentação (Jz 16.26-30). J. B. Job assinala que os dados obtidos em sítios
arqueológicos filisteus sugerem que essas colunas eram de madeira, firmadas sobre bases
de pedra (veja o verbete “pillar”, NBD, p. 998). O palácio de Salomão se caracterizava por
suas quatro fileiras de colunas de cedro com as correspondentes vigas de cedro *1 Rs 7.2-
1129