DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

739 ünn (hrt)
palavra egípcia, hrj-tp, que pode ter o sentido de “m agos” ou “sacerdotes”, em bora
geralm ente signifique “governador”, “chefe de clã”, “conselheiro”.
B ib lio g r a fia : CORNFELD, G., M agic, divination and superstition, In: Pictorial
Biblical Encyclopedia, Macmillan, 1964. — LOEWENSTAMM, Sam uel E., The m aking and
destruction o f the golden calf, Bib, 48:481-90. — W a r d , W illiam A., Egyptian titles in
Genesis, BS, 114:40-59. — ZUCK, Roy B., The practice o f witchcraft in the Scriptures, BS,
128:352-60. R.L.A.
739 D in (hrt). II. A c e ita c o m o r a iz d e:
739a CT")n (hârit) s a c o la , b o lsa (2 Rs 5.23; Is 3.22).
CÍD"TI (hartõm ). Veja o n.° 738b.
'-H (hõri). Veja o n.° 736b.
740 fn ft (hõri), n ln (hôri) horeu. (A ARC e a a r a traduzem assim.)
Parece que este substantivo é um em préstim o lingüístico. Anteriorm ente acreditavase
que estava relacionado com a raiz hrr m , que indica a idéia de buraco ou caverna,
em bora geralm ente hrr se refira a um buraco pequeno. Agora em geral se aceita que seja
a grafia hebraica do acadiano hurru (ugar., hry). Deve-se distinguir de hõrt, “pão ou bolo
branco”. Ocorre dez vezes, duas com o antropônim o.
As fontes extrabíblicas confirm am claram ente a presença de hurritas na Palestina
depois de 1550 a.C. (cf. os textos ugaríticos, as tábuas de Am arna, tábuas cuneiform es de
Taanaque e Siquém e certos escritos egípcios; NOTH, The O ld Testarnent w orld, p. 233,
240 e ss.). Durante a segunda m etade do segundo m ilênio, os egípcios conheciam o
sudoeste da Á sia pelo nom e de Ilr. Nom es hurritas aparecem no O riente M édio em
inscrições desse período (o que é confirm ado por tábuas horéias de Boghazkõy). A lbright
diz que, no AT, os nom es dos horeus são hurritas, por isso, “nào resta dúvida de que esta
[o hurrital é a língua falada pelos horeus da Bíblia” (From the Stone A ge to C hristianity,
1947, p. 36).
O nosso problem a é que os horeus citados na Bíblia residiam em Edom , não na
Palestina. Parece que os horeus eram os m oradores hurritas de Edom (Gn 36.20), os quais
foram expulsos da região pelos descendentes de Esaú (Dt 2.12, 22). Por isso tem -se
sugerido que os horeus são os hurritas que não m oravam na Palestina, e os heveus são
os hurritas da Palestina (THOMAS, Archaeology and O ld Testarnent study, p. 81). Isso
explicaria com o Zibeão podia ser um heveu (Gn 36.2) e ao m esm o tem po filho do horeu
Seir (Gn 36.20). Sendo assim , eles ocuparam alguns lugares na Palestina central,
inclusive Siquém (Gn 34.2) e Gibeão (Js 9.6, 7). A leitura da LXX, “horeu”, reforça esta
sugestão.
D eve-se fazer distinção entre, de um lado, os hurritas e, de outro, os sum érios, os
sem itas 6 OS indo-europeus. Eles tiveram origem nas m ontanhas a leste e a nordeste da
M esopotâm ia, onde gradualm ente se infiltraram. Por volta do século XV a.C., eles se
vangloriavam de ter um reino M itani. Durante essa era, parece que seus nobres eram
indo-europeus (o que se confirm a pelos seus nomes).
B ib lio g r a fia : ALBRIGHT, W. F., From the Stone A ge to C hristianity, D oubleday, 1947.
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