DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

499 *7*?n (hãlal)
nos próprios conselhos malignos (Jr 7.24; Sl 1.1) ou segundo o próprio coraçãr» (Jr 11.8),
ou cam inhar nas trevas (Is 9.2(11), e Deus caminha em sentido contrário a ela para julgála
(Lv 26.24). A pessoa verdadeiramente piedosa segue a direção de Deus em tudo que faz
(i.e.y obedece os seus mandamentos, 1 Rs 3.14; Sl 119.1 e ss.). Esta idéia pode ser expressa
apenas por h ã la k (sem 'ahãrê e palavras como tsrd à q ôt [Is 33.151), etc. O hitpael é usado
em tais ocasiões para enfatizar a continuidade da ação. Exemplos notáveis de homens que
assim viveram perante Deus são Enoque, Noé e Abraão (Gn 5.22; 6.9; 17.1).
h ã lik â . C am in h o, p r o c is s ã o , co rtejo . A ARC e a ARA trazem traduções diferentes desta
palavra. Este substantivo (GKC, 84;11) concretiza várias conotações do verbo, seja ele
concebido como o processo de ir (Sl 68.24(251; Na 2.5(61; Hc 3.6; ugarítico hlk.kbkbm \
Albright, BASOR, 82:49) seja como o processo da vida (Pv 31.27), seja como aquilo que
passa (Jó 6.19). Para relacionar os cognatos ver o termo acadiano a laktu (CAD, A.I., p. 297-
300). Essa palavra ocorre seis vezes.
ta h á lú k â . P ro cissã o , co rtejo . A ARC e a ARA usam a mesma tradução. Este h a p a x
legom en on (GKC, 85r) concretiza o caminhar ritualista formal.
B ib lio g ra fia : B la n k , Sheldon H., Some considerations concerning bibíical prayer,
HUCA, 32:75-90. — SPEISER, E. A., The durative IIithpa‘el: a tan-form, JAOS, 75:118-21.
— TH AT, v. 1, p. 486-92.
L.J.C.
499 V ?n (h ã la l) /, b rilh a r.
499a
Termo Derivado
t V r ij (h êlêl) H e le l A ARC e ARA traduzem por "estrela da manhã”.
Essa raiz representa a produção de luz por corpos celestes. Talvez a expressão
ugarítica b n t.h ll (filha de Ilelel?) como um nome de k trt (UT, 19:769) mostre um
significado semelhante. A raiz ocorre cinco vezes (talvez seis; KD, Jó 25.5).
O verbo c usado no livro de Jó em passagens altamente poéticas para descrever o
fulgor do sol (29.3; 31/26). Em ambas as passagens o contexto deixa claro este significado.
Também em Isaías 13.10 se vê este contraste entre este aspecto dos astros e o
escurecimento do sol e da lua. Esses dois astros são simbólica ou figuradamente
escurecidos como sinal de bênção (Is 60.19; J1 2.31(3.41) e julgam ento ou as duas coisas,
quer histórico (Ie 13.13; Ez 32.7), quer escatolúgico (J1 2.10). Todos os usos desse verbo
aparecem em contextos com ligações mitológicas. Isto não significa que os autores bíblicos
aceitassem mitos pagãos como realidade. Na verdade, como Jó (41.18(101) tenta deixar
claro. Deus, e apenas ele, subsiste como divindade. Os deuses pagãos são criações das
mentes de seus adoradores (Is 2.8). 0 Leviatã é um brinquedo nas mãos de Deus, i.e., ele
zomba das religiões pagãs. É interessante que, em Jó 41.18(101, a linha paralela à que
contém o verbo em estudo alude a sh a h a r (q.v.\ cf. M cKay, J. W., Helel and the Dawn-
Goddess, VT, 20:456 e ss.), que provavelmente deve ser entendido como o nome de uma
deusa. McKay (op. cit.) afirma que na alusão encontrada em Isaías 14.12-15 há uma
versão cananéia do mito grego de Féton, intermediado e influenciado pela cultura fenícia
durante a “era heróica”. O desenvolvimento da versão cananéia é complexo e tem afinida-
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