DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2425 “ ÇÇ (sh ã sâ )
2423 (shãnas) cingir. Esse verbo ocorre apenas uma vez, no piei (1 Rs 18.46).
2424 (shin‘á r) Sinear.
shin‘ãr aparece oito vezes no AT, sendo utilizado para designar o sul da
Mesopotámia, a planície de aluvião entre os rios Eufrates e Tigre. Os sumérios conheciam
essa região pelo nome de Suméria e Acade. Posteriormente passou a ser cham ada
Babilônia. Em duas das oito passagens, a LXX traduz shin‘ãr por “Babilônia” (Is 11.11;
Zc 5.11).
Em Gênesis 10.10 se diz que Ninrode, o grande tirano e fundador de império, deu
início a seu reino em Babel, Ereque (a Uruque dos sumérios), Acade (Agade) e Calné, na
terra de Sinear. A partir dali foi avançando para o norte, na direção da Assíria. Foi ali
em Sinear que também a humanidade rebelde construiu a bem-conhecida torre de Babel,
num direto desafio a Deus (Gn 11.2). Em Daniel 1.2 vemos que Nabucodonosor leva os
utensílios do templo de Deus para a terra de Sinear, e em Isaías 11.11 se conta que
Sinear é uma das terras de onde o Israel reajuntado voltará, na época do estabelecimento
da era milenar. Em Zacarias 5.11 a mulher no efa, representando o acúmulo do mal (v.
8), é retirada para a terra de Sinear, onde é erigido um templo para ela.
Tudo isso aponta para um significado sinistro de Sinear, mostrando que essa região
é o principal centro de desenvolvimento de uma cultura e de uma civilização alicerçadas
sobre uma religião falsa, rebelde contra o Deus verdadeiro e a sua palavra revelada, é o
berço da tirania imperial; são inimigos do povo de Deus, em suma, são o símbolo da
impiedade. (Cf. também as muitas referências bíblicas à Babilônia.)
Além das passagens acima, afirma-se que Anrafel, que guerreou contra o rei de
Sodoma, foi rei de Sinear (Gn 14.1, 9). E como parte dos despojos apanhados ilegalmente
por Acã também havia uma roupa de Sinear (Js 7.21).
B ibliografia: — JACOBSEN, Thorkild. Shinar. In: IDB. — SMICK, Elmer. Shinar. In:
WBE. — WlSEMAN, Donald J. Shinar. In: ZPEB.
H.J.A.
2425 nÇ\D (shãsâ) saquear, pilhar.
shãsâ é empregado 12 vezes, geralmente no qal, uma vez no poel. As vezes é usado
em paralelo com bãzaz, que por sua vez aparece com freqüência em paralelo com shãlal.
O verbo possui uma variante, shãsas.
Esse vocábulo é utilizado de forma bastante semelhante a shãlal (q.v.), e as
observações feitas nesse verbete se aplicam também a esse termo. Na maioria das vezes
se usa o verbo na forma participial, sendo traduzido por “espoliador” . Desse modo, no
conciso texto que resume a época dos juizes (Jz 2.6-23), um Israel desobediente é entregue
nas mãos de espoliadores (v. 14). Quando o povo clama a Deus e se arrepende, Deus envia
juízos para salvá-los dos saqueadores (v. 16).
Em Salmos 44.10-12 [11-131 o salmista se queixa de que Deus vendeu o seu próprio
povo por uma ninharia, espalhou-o entre as nações, fê-los objeto de saque e os pôs como
ovelhas que podiam ser comidas como bem aprouvesse aos seus inimigos. Mas Isaías
encoraja Israel (Is 17.12-14), dizendo que, pela manifestação divina, as nações gentílicas
estarão sujeitas a grandes transtornos, que o terror as atingirá repentinamente à
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