DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

946 0 5 2 (kãbas)
944 rQ 3 (k ã b â ) e x tin g u ir , a p a g a r ; s e r e x tin to , a p a g a d o .
k ã b â ocorre 24 vezes, 13 nos profetas. A raiz tam bém aparece em árabe com o
m esm o significado. Sempre tem que ver com fogo e com o ato de extinguir o fogo. N ão se
deve confundir com d ã ‘a k (q . v.), que tem um sentido sem elhante, pelo fato de que d ã ‘a k
com um ente se refere a um a lâm pada que se apagou enquanto k ã b â , em m ais da m etade
de suas ocorrências, refere-se a um fogo que não pode ser extinto por ninguém m ais senão
Deus (onde o fogo é referência à ira divina).
Das seis referências literais ao fogo, cinco o são a algum fogo que não se apaga.
Dessas cinco, quatro são a lâm padas e a fogo no tem plo (Lv 6.12-13 [5-6]; 1 Sm 3.3; 2 Cr
29.7). Essa preocupação de que algo não se apague tam bém se reflete nos usos figurados,
onde a vida (2 Sm 14.7; 21.17) e o am or (Ct 8.7) são representados pelo fogo.
A m aioria dos usos figurados diz respeito à ira de Deus, a qual som ente ele é capaz
de extinguir. De um m odo particular os profetas utilizam esse linguajar, conclam ando ao
arrependim ento a fim de que o “fogo” não irrom pa (Jr 4.4, e tc .). Jesus, ao tratar do inferno
em M arcos 9.48, retom a vocábulo e idéias sem elhantes. M as, ao m esm o tem po, quando
o M essias vier, sua brandura será tal que ele nem m esm o apagará o pavio fum egante (Is
42.3), isto é, não extinguirá os fracos e pobres — nem m esm o os apáticos — da sociedade;
pelo contrário, salvá-los-á.
J.N.O.
TQ2> {k ã b ô d ). Veja os n?s 943d, e.
(k eb ü d d â ). Veja o n? 943f.
T 2 3 (k a b b ir ). Veja o n? 947a.
T 3 3 (k ã b i r ). Veja o n? 948a.
945 ^122 (k b i). A c e ita c o m o r a iz d e:
945a “ 22 (kebel) g r ilh õ e s (Sl 105.18; 149.8).
946 0 3 3 (kãbas) la v a r, s e r la v a d o , p is o a r .
Esta raiz ocorre 51 vezes, sem pre em form as verbais e, com apenas nove exceções,
sem pre no Pentateuco, sendo 31 vezes em Levítico e 21 em Levítico 13— 15. Tam bém
aparece em árabe (“apertar, pressionar, m arcar com selo”) e acadiano (“pisar”). Em
hebraico significa “pisoar”, isto é, “lim par e am aciar tecido pisando-o, torcendo-o e
batendo-o em água fria” (K B , p. 422). Dessa form a ele é sem pre usado com referência a
‘la v a r roupas” e jam ais é em pregado para o “lavar o corpo”, onde se usa o verbo r a h a ts
(q .v .), ou para o “enxaguar”, que é indicado por s h ã ta p .
Com apenas um a exceção (2 Sm 19.24), lavar é associado à pureza cerim onial. Tanto
os sacerdotes quanto o povo deviam estar com roupas lim pas quando aparecessem diante
de Deus (Êx 19.10, 14; Nm 8.7; 19.7). A participação em rituais que tratavam
especificam ente da expiação e da m orte resultavam em im pureza cerim onial e requeriam
a lavagem das roupas (Lv 16.26, 28; Nm 19.7, 8, 10, 19, 21).
A m aior parte das referências diz respeito à lavagem de roupas que de um m odo ou
6 99