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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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510 jH (hén)<br />

sentido de possibilidade: vede se jauiais sucedeu coisa semelhante”. Este usu de “se”<br />

pode não ter nenhuma ligação com “eis”, sendo antes derivado do aramaico hén, que<br />

significa exclusivamente “se”. O ugarítico hn aparentemente não é usado com o sentido<br />

de “se”.<br />

Mais da metade das ocorrências desta palavra se acham em Isaías e Jó, com as<br />

outras limitadas principalmente ao Pentateuco. Isto contrasta com o uso de hinnêh, que<br />

e s tá igualmente distribuído em todo o AT.<br />

510a<br />

(hinnêh) e is , ved e! (Às vezes, “se” na ARA). Esta é uma interjeição<br />

que demanda atenção de quem a ouve — “Veja!". Ocorre mais de mil vezes. Ver<br />

também a forma abreviada, hén.<br />

510b “ (hinnêh) aqui. Quando usado em pares, “aqui e ali”. A derivação é<br />

incerta.<br />

hinnêh é às vezes usado como um predicativo de existência, segundo T. O. Lambdin:<br />

“Difere de yesh pelo fato de enfatizar a proximidade, o caráter imediato da situação"<br />

(Introduction to Bibíical Hebrew, Scribner’s Sons, 1971, p. 168).<br />

hinnêh pode ser usado para designar coisas (monte e coluna. Gn 31.51; aliança, Gn<br />

17.4), mas é mais freqüentemente usado para designar pessoas, “eis a minha serva” (Gn<br />

30.3). Com freqüência sufixos pronominais são afixados à interjeição, especialmente a<br />

primeira pessoa do singular: “... eis estava eu de pé ...” (Gn 41.17); ou para ênfase o<br />

pronome é repetido: “e eu, eis que eu trago um dilúvio ...” (Gn 6.17), e freqüentemente a<br />

expressão idiomática, hinnénni, “eis-me aqui” (i.e., 'aqui estou eu”, 1 Sm 3.4 e s.).<br />

Além disso, ainda segundo Lambdin, “a maioria das orações com hinnêh ocorre em<br />

discurso direto [...] e serve para introduzir um fato sobre o qual se baseia uma afirmação<br />

ou mandamento que o segue” (Ibid., p. 169). Assim, “eis que a tua serva está em tuas<br />

mãos; procede segundo melhor te parecer” é equivalente a “já que a tua serva ...” (Gn<br />

16.6). Com o sufixo da primeira pessoa seguido da partícula hinnêh é usado<br />

freqüentemente nos profetas como afirmação do que Deus fará: “... eis que eu vos apregôo<br />

a liberdade [...] para a espada...” (Jr 34.17). Especialmente com o particípio hinnêh aponta<br />

aquilo que está prestes a acontecer (Êx 4.23; 7.17, etc.).<br />

Em poucas ocorrências hinnêh é usado para enfatizar uma possibilidade específica<br />

e pode ser traduzido por “se”: “se 1...1 a praga tiver sarado” (Lv 13.5, ARA).<br />

Um fato ou ação importante pode seguir palavras introdutórias: “Quanto a Ismael<br />

[...1 cie que o abençoarei ...” (Gn 17.20). “No meu sonho eis que eu estava de pé ” (Gn<br />

41.17). O pronome pode ser omitido se estiver subentendido. “... eis que está entre Cades<br />

e Berede”, i.e., o poço previamente referido estava assim localizado (Gn 16.14).<br />

B ib lio g ra fia : LABUSCHAGNE, C. J., The particles hén and hinnêh, OTS, 8:1-14. —<br />

W aR D , William A., Comparative studies in Egyptian and Ugaritic, JN ES, 20:31-40.<br />

C.P.W.<br />

(hénnâ). Veja o n." 504.<br />

~1T (hinnêh). Veja o n.° 510a, b.<br />

363

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