DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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Essa idéia é confirm ada tam bém pelo paralelo com: ‘ãnâ (piei), “afligir” (2 Sm 7.10);
rãsfuF/reshá, “perverso” (Is 26.10; Ez 18.24; 33.12 e s., 15, 18 e s.; Sl 125.3; Jó 27.7;
34.10); pesh a‘, “transgressão” (Ez 33.12 e s.); hãmãs, “violência” (Ez 28.15 e s.; Sl 58.3);
dãm , “culpa de crim e de sangue” (M q 3.10, ARA, “sangue”; Hc 2.12); hãm ãs, “im piedade”
(Sl 7.17 [181); m irm â, “traição” (Sl 43.1, ARA, “fraudulento”); kázãb, “m entira” (S f 3.13);
r*miyyâ, “enganosam ente” (Jó 13.7, ARA, “m entiras”); ‘ãwôn, “iniqüidade” (Ez 28.18).
Esses procedim entos injustos incluem parcialidade no juízo (Lv 19.15; 82.2),
transações com erciais desonestas (Dt 25.16; Ez 18.8) — mais especificam ente roubo (Ez
33.15), assassinato (2 Sm 3.34), opressão (2 Sm 7.10; 1 Cr 17.9; Sl 37.1; 39.22; 125.3; Pv
22.8; Os 10.9; Mq 3.10; H c 2.12) — mais especificam ente palavras m aldosas (Jó 6.30;
11.14, 13.7, 15.16, 27.4 Is 59.3; Os 10.13).
As palavras em questão têm, portanto, im portante relevância teológica, pois referem -
se a um com portam ento que se opõe ao caráter divino; e Deus tem de reagir contra este
com portam ento. Alguns textos afirm am explicitam ente que *ãw elfaw lâ não é encontrado
em Deus. M oisés canta: “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus
cam inhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça [‘ãwel); é ju sto e reto” (Dt
32.4). Eliú afirm a: “Pelo que vós, hom ens sensatos, escutai-m e: longe de Deus o praticar
ele a perversidade, e do Todo-poderoso o com eter injustiça [‘ãw el]” (Jó 34.10). Josafá
ensina seus juizes: “não há no SENHOR nosso Deus injustiça [‘aw lâ1” (2 Cr 19.7). Em
Jerem ias 2.5 o Senhor pede aos pais que investiguem a história e vejam “que injustiça
[‘ãwel] acharam vossos pais em m im ”. De igual form a ele salvará os oprim idos (Jó 5.16).
Aqueles que praticam a injustiça são abom inação para Deus (Dt 25.16; Pv 29.27), e se
um a pessoa ju sta se desviar de sua justiça e com eter injustiça, deve m orrer (Ez 3.20).
Em bora o hom em venha a escolher a iniqüidade (Ez 18.26; 33.13, 18) e, desse m odo,
se tom e culpável (Ez 3.20; 28.18; 33.13, 18; etc.), ele não precisa ficar eternam ente nessa
situação, pois pode renunciar a ela (Jó 34.32), confessar sua situação (Sl 7.3; Ez 33.15)
e pô-la bem longe de si (Jó 11.14; 22.23). Deus, de sua parte responderá com a salvação.
‘a w w ã l. In ju s to , in íq u o. Este substantivo m asculino é um sinônim o de sentido bastante
próxim o de ‘ã w e l, mas é em pregado mais especificam ente com o um rótulo para certas
pessoas. A m aioria das suas cinco ocorrências diz respeito a governantes opressores.
Bildade declarou que a m orada de tal pessoa estava fadada à calam idade (Jó 18.21), e Jó
afirm ou que esse tipo de gente era seu inim igo (Jó 27.7) e que ele não era uma dessas
pessoas (Jó 29.17). Numa declaração de consagração pessoal, Jó concordou que um
*aw w ãl receberia castigo de Deus (Jó 31.3) e então desafiou qualquer pessoa a com provar
que ele fosse alguém assim. O profeta Sofonias afirmou que, em flagrante contraste com
o hom em , Deus era justo e não um ‘awwãl (3.5).
‘a w lâ . I n ju s tiç a , m a ld a d e , in iq ü id a d e, erro. Este substantivo fem inino tem um
sentido mais abstrato. Com freqüência refere-se a atos violentos, tais com o assassinato
(2 Sm 3.34), opressão (2 Sm 7.10; 1 Cr 17.9; Sl 37.1; 89.22 [23]; 125.3; Os 10.9; M q 3.10;
Hc 2.12) e tam bém palavras m aldosas (Jó 6.30; 13.7; 27.4; Is 59.3). Essa característica era
o oposto do caráter divino (2 Cr 19.7; Jó 36.33; Sl 92.15 [16]; 107.42; Is 61.8). Logo, ela
I não deve estar no caráter dos seguidores de Deus (2 Cr 19.7; Jó 6.29-30; Sl 119.3; S f 3.13;
Ml 2.6). Na verdade, Deus criou os hom ens sem essa característica, mas eles a adquiriram
posteriorm ente (Ez 28.15).
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