DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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do p ro fe ta ; rõ'eh e hõzeh in d icavam o m éto d o pelo q u a l recebia a com u n icação d iv in a ”
(H o b a r t E . FREEMAN, A n introduction to the O T prophets, M oody, 1 9 6 8 , pp. 4 0 -1 ).
Vejam -se tam bém “hom em de Deus” (Dt 33.1; 2 Rs 4.9; etc.), “servo” do Senhor (1 Rs
14.18; 2 Rs 9.7; 17.13; etc.) e “m ensageiro” do Senhor (Ag 1.13; Ml 1.1).
Os léxicos relacionam uma ocorrência (Is 28.7) da forma r õ ’eh II com o sendo um
substantivo com o sentido de “visão profética”. Na médida em que os particípios em
hebraico podem ser usados com o substantivos e, na realidade, experim entam muitas
características do substantivo (Gesenius, Hebrew gram m ar, p. 116), talvez seja m elhor
considerar essa ocorrência única como um particípio presente ativo de r á ’â que aqui
significa o ato de ver, assim como a mesma forma, um pouco antes no m esmo capítulo (v.
4), significa “aquele que v ê”.
m a r e h . V ista , visão, aparência, sem bla n te, beleza. Essa palavra m erece atenção em
três aspectos: 1) seu sentido básico geral; 2) o sentido especial aplicado ao “servo do
Senhor” em Isaías; e 3) o sentido especial associado à profecia bíblica.
1) Sentidos básicos essenciais. Derivado diretam ente do verbo rã ’â, “ver”, m ediante
o sim ples acréscim o de um conhecido prefixo substantivador, esse vocábulo traz consigo
m uito da variedade de significados do verbo. O verbo aparece em cada um dos principais
graus do verbo hebraico, com a possível exceção do piei, e — tal com o ocorre em português
— exibe toda espécie imaginável de sentidos literal, m etafórico e ampliado. Com o seria
de esperar, a palavra r á ’â aparece centenas de vezes. O substantivo m ar'eh pode
significar praticam ente qualquer coisa que diga respeito à aparência externa, a m aneira
que as coisas aparentam. De m odo que são usuais as noções de “aparência” ou fenôm eno
da coisa observada, seja isso com um (Lv 13.3, e dez vezes no capítulo) ou incom um (Êx
3.3). O ato de olhar (Is 11.3) e a faculdade ou função da visão (Ec 6.9) são dois outros
sentidos; também “aparência” no sentido de com o algo parece ser exteriorm ente, em
contraste com a realidade interior (1 Sm 16.7). M ediante uma ligeira am pliação de
sentido, o vocábulo expressa a noção bastante usual de “rosto” ou “sem blante”, a parte do
indivíduo que é visível aos olhos (Ct 2.14; 5.15). Adjetivos que indicam aquilo que é belo
e desejável e tam bém aqueles que designam o que é feio e indesejável são com um ente
usados junto com m ar "eh.
2) Sentido especial com referência ao servo do Senhor.
a) O canto de abertura do último “Cântico do Servo” (Is 52.13; 53.12) traz este verso:
“o seu aspecto [m a r’êhú\ estava mui desfigurado, mais o que de outro qualquer” (Is
52.14). Essa afirm ação estranha parece explicar por que m uitos ficaram surpresos com
o Servo quando o viram no Gólgota, o ponto mais baixo de sua carreira no que diz respeito
à sua aceitação pelos homens. O que isso significa? Considerado (corretam ente) com o uma
caracterização do que aconteceu a seu “físico” por ocasião da crucificação, as pessoas têm
im aginado muitas coisas. Talvez se refira aos ferimentos físicos — e ninguém chegou a
ser tão ferido (“mais do que o de outro qualquer”). Mas os Evangelhos destacam que
nenhum de seus ossos foi quebrado. Com fogo, explosões, etc., diariam ente pessoas sofrem
ferim entos mais desfigurantes e carregam essas cicatrizes para o resto da vida. Alguém
propôs o sofrim ento íntimo de ser abandonado por Deus e pelos homens. Mas isso não tem
nada que ver com m a r’eh, que diz respeito à aparência exterior. É possível interpretar
adequadam ente m a reh se iniciarmos pela expressão m è ’tsh, “do que qualquer hom em ”
(lit.), que é m elhor traduzido por “do que uma pessoa adulta do sexo m asculino”. Em sua
perfeição, dignidade e privilégio, o indivíduo de sexo m asculino de nossa espécie foi
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