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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2196 K2H (rãpá ’)<br />

paralela rã ‘a s h é empregado para descrever a soberania de Deus sobre o mundo físico.<br />

Sobre os seres vivos diz-se que tremem (Ez 38.20); os cavalos estremecem o chão (Jó<br />

39.20) segundo a vontade do Senhor. O outro uso de r ã ‘a s h descreve exércitos invasores<br />

e o fragor do combate (Jr 8.16) e também o tremor de muros (Ez 26.10). A própria<br />

Babilônia há de tremer (Is 14.16). Em uma determinada passagem poética (Sl 72.16) o<br />

que está envolvido é uma ação bem mais branda. Nessa passagem deve-se interpretar<br />

r ã ‘a s h como “ondular”, “ondear”, visto que descreve a abundância de plantações de cereais<br />

que cobrem até os montes. Alguns estudiosos, no entanto, são de opinião de que esta é<br />

uma outra raiz, r ã ‘a sh II, “aumentar” (cf. KB).<br />

ra‘ash. T rem or, estron d o. Esse substantivo masculino refere-se a terremotos e a outros<br />

semelhantes movimentos violentos do solo. A semelhança da raiz da qual deriva, o<br />

substantivo aparece apenas nas duas últimas partes do cânon hebreu, a saber, nos<br />

profetas e nos escritos. E empregado na descrição de terremotos, tanto os que<br />

acompanham as teofanias dos profetas do AT (1 Rs 19.11) quanto os que são fenômenos<br />

naturais (Am 1.1). A palavra tem o sentido ampliado na descrição do tumulto da guerra,<br />

da marcha de soldados (Is 9.4), do pisotear de cavalos de guerra (Jó 39.24) e do ruído de<br />

carros de guerra (Jr 47.3). Numa passagem notadamente obscura, no paralelismo poético<br />

de Jó, fica evidente um significado diferente de r a ‘a sh . Jó faz a seguinte pergunta: se os<br />

homens são incapazes de permanecer diante de uma das mais temíveis criaturas de Deus,<br />

o crocodilo, como então poderiam esperar confrontar a Deus? Na passagem (Jó 41.29 [211)<br />

afirma-se que “os cacetes atirados são para ele [o crocodilol como palha, e ri-se do brandir<br />

[rtía s h ] da lança”.<br />

W.W.<br />

2196 (rã p ã 0 c u r a r, to rn a r sa u d á vel.<br />

Termos Derivados<br />

2196a (r*pu ’â ) cu ra (Ez 30.21; Jr 30.13).<br />

2196b mSSn (rip ’ât) cu ra (Pv 3.8).<br />

2196c SHnD (m a r p é 0 cu ra (Jr 8.15), sa ú d e (Pv 4.22).<br />

Essa raiz originariamente hebraica aparece mais de 60 vezes no AT e é cognata de<br />

poucas formas posteriores em dialetos afro-semíticos. O significado é claro em<br />

praticamente todas as passagens. A primeira ocorrência da raiz, num texto que fala da<br />

cura de Abimeleque por Deus (Gn 20.17), emprega-se o grau qal. O verbo, na forma<br />

nominal (particípio), também designa a ação humana de curar, “médico” (Gn 50.2).<br />

Também se usa r á p ã ’ para designar a cura e o perdão de nações gentílicas (Is 19.22;<br />

57.18). Nos graus piei e hitpael se destaca o aspecto causativo: “ele curou [i.e., restaurou,<br />

piei] o altar” (lit., 1 Rs 18.30). Entretanto, um ser humano é geralmente o objeto da cura:<br />

“e [ele] o fará curar-se totalmente” (Êx 21.19). O hitpael possui a noção passiva<br />

característica do grau: “Então voltou o rei Jorão (...) para curar-se das feridas” (2 Rs 8.29;<br />

9.15). A outra ocorrência no hitpael está em 2 Crônicas 22.6. Possivelmente o emprego<br />

mais significativo do verbo se dá no grau nifal: “então sereis curados” (1 Sm 6.3); “de que<br />

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