DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1701 Cãrap)
gab, gaw , geu;, shekem (“om bro”])- Esse vocábulo ocorre com o sím bolo de m edo e da
retirada dos inim igos de Israel (Êx 23.27; cf. Js 7.8, 12, em referência a Israel dar as
costas; 2 Sm 22.41, num salmo de Davi), com o sím bolo da apostasia contra Iavé (2 Cr
29.6; Jr 2.27; 32.33) e como sím bolo de vergonha e rem orso (M oabe, em Jr 48.39).
A partir de uma com paração com o árabe 'urfatun, “crina de cavalo”, “crista de galo”,
pode-se ver o possível desenvolvimento sem ântico a partir de “pescoço” até “obstinação”,
“arrogância”, “recalcitrância”, “indocilidade”. Desse modo, existem numerosas ocasiões em
que Israel é cham ado de qeshêh-‘õrep, literalmente “duro de pescoço”, ou seja, “obstinado”
(e.g., Êx 32.9; 33.3, 5; 34.9; etc.; ARA, “de dura cerviz”). O termo ‘õrep passa então a fazer
parte do vocabulário da hamartologia. A arrogância do vassalo para com o suserano é uma
forma de rebeldia e traição.
Bibliografia.: — DAICHES, S., The m eaning o f in Lev. 5, 8, ExpT 39:426.
1701 ~ jl/ Cãrap) gotejar, pingar.
R.B.A.
Term os Derivados
1701a üãrtp) nuvem (Is 5.20).
1701b
(‘ãrãpel) nuvem escura, escuridão, densas trevas, trevas
espessas.
A palavra ‘ãrãpel é um substantivo m asculino que descreve a glória encoberta de
Iavé, as trevas que envolveram sua aparição no m onte Sinai, e o juízo que ele traz sobre
o pecado. Etimologias propostas são: 1) *ãrap, “gotejar”, “pingar”, com lamed aformativo
(BDB); ou 2) o árabe £a/tzra, “cobrir” (KB). A palavra è rPU “nuvem pesada”, ocorre em
ugarítico (UT 19: n? 1 989a). Em hebraico sinônim os im portantes de “nuvem ” são: *ãb
(usado em referência à teofania em Êx 19.9) e *ãnãn (freqüentem ente em pregado para
designar a glória de Deus).
Parece que no AT as descrições da glória de Deus são deliberadamente vagas, talvez
para preservar o aspecto de temor reverente em torno do milagre que é vislum brar uma
m anifestação de Deus e talvez também para lem brar o horror que o pecado causa em sua
presença. Assim sendo, enquanto o povo ficava bem distante, Moisés se aproxim ou da
“nuvem escura” que envolvia Iavé (Êx 20.21). Além disso, a própria m ontanha visitada
por Deus tornou-se uma m ontanha temível, a qual “ardia em fogo até ao m eio dos céus,
e havia trevas [hõshek], e nuvens ['ãnãn] e escuridão [wa‘ãrãpel]” (Dt 4.11). Expressões
sem elhantes acham -se em Deuteronomio 5.22 [19]; 2 Samuel 22.10; Jó 22.13; Salm os 18.9
[101; 97.2. Quando Salomão dedicou o templo, a glória de Iavé encheu o edifício com
nuvens e trevas espessas (1 Rs 8.10-12; 2 Cr 5.13— 6.1), “como um lembrete das trevas
em que Moisés penetrou no Sinai” (JTOT, p. 259).
Outros usos de ‘ãrãpel incluem a figura poética de trevas como um cueiro que
envolve o m ar (Jó 38.9) e de trevas como um sím bolo de ignorância, desgraça e pecado do
hom em (Is 60.2). Também utiliza-se o vocábulo ‘ãrãpel como sím bolo do juízo de Iavé
contra o pecado (Jr 13.16; Ez 34.12; J1 2.2; S f 1.15). Pelo fato de a m esma palavra ser
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