DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1086 (lô’)
nos quisera matar” (Jz 13.23) e “se Absalão vivesse” (2 Sm 19.6 [7]) são bons exemplos
disso (cf. Jó 16.4; Ez 14.15).
A.B.
1086 (lô’) não. Forma alternativa de fc4? (lõ’, q.v.).
1087 TVb (lãwâ) I, unir-se.
Usado uma vez no qal (Ec 8.15) e o restante das vezes no nifal. lãwâ refere-se à ação
de unir ou associar um objeto ou pessoa a outro objeto ou pessoa. De grande significação
teológica é o emprego da palavra para designar estrangeiros que se unem ao povo de Deus
como convertidos.
No uso geral indica a maneira como os prazeres hedonísticos “acompanham” o
homem (Ec 8.15); também é usado para designar a ação de unir-se a uma aliança militar
(Sl 83.8 [9]), de o marido unir-se à esposa (Gn 29.34) e de os levitas unirem-se a Arão
para o serviço no tabernáculo (Nm 18.2-4).
Como termo indicativo de conversão, ele descreve aqueles que, impressionados com
a obra de Deus divina de restaurar o seu povo, desejarão unir-se aos hebreus na adoração
e no serviço a Deus, isto é, estarão espiritualmente convertidos (Is 14.1). Outros unir-se-ão
a Deus como conseqüência de algum juízo divino (Zc 2.15; cf. Et 9.27). Assegura-se a esses
convertidos dentre os gentios que eles não serão separados da Aliança com Deus (Is 56.3-
6). Um dia, arrependido, o povo de Deus, estará (ou voltará a estar) participando de um
verdadeiro relacionamento de aliança com Deus (Jr 50.5).
Este uso de lãwâ, com sua conotação de consagração religiosa, favorece a idéia de
que o nome “Levi” indicava a consagração da tribo desse nome ao serviço do Senhor.
B ib liog ra fia : — Levi. In: ZPEB. — ALBRIGHT, W . F. Archeology and the religion of
Israel. 5 ed. pp. 106, 203.
A.B.
1088 nV? (lãwâ) II, qal: tom a r em presta d o; hifil: em p resta r para .
Este pode ser um uso de lãwâ (veja acima) com um sentido especial. Em contraste
com o significado puramente econômico de tomar emprestado e emprestar na vida
moderna, no AT tais atos possuíam um significado teológico especial. Só uma vez tomar
empréstimo é mencionado como um ato fundamentalmente financeiro, quando se relata
que a comunidade hebréia que voltou do exílio tomou dinheiro emprestado para pagar
impostos (Ne 5.4). Além disso aquele que toma emprestado e o que empresta são, numa
ocasião, mencionados como um dos diversos pares que expressam todas as classes da
sociedade (Is 24.2).
Os demais usos refletem as perspectivas morais e teológicas específicas do AT. O
hebreu não tinha permissão para receber juros por emprestar a outro hebreu (Ex 22.24-
25). [Outro ponto de vista é de que podia haver cobrança de juros, mas não de juros
abusivos, o que seria usura. Em defesa dessa posição, E. A. Speiser mostra que nas
culturas vizinhas os juros eram descontados do dinheiro emprestado, sendo pagos
adiantadamente. O que estava proibido, de acordo com os registros acadianos e as leis da
Bíblia, era a cobrança de juros adicionais depois que o tomador inadimplente fosse feito
escravo. Veja o exame mais detido da questão no verbete neshek. R.L.H.] A disposição para
774