DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1289 *~1j (nãgad)
1289 *~3j (nãgad) c o n ta r , t o m a r c o n h ecid o . Ocorre som ente no hifil e no hofal.
Term os Derivados
1289a +"133 (neged) d efro n te.
1289b +“ "33 (nãgid) g o v e r n a n te , lid er, c o m a n d a n te .
O sentido básico desta raiz é o de “colocar algo de forma ostensiva diante de alguém ”
(KB). O árabe nagada significa “ser bem visível”, e o substantivo nagdun significa “região
m ontanhosa”. Em geral este “algo” era anteriorm ente desconhecido ou im possível de ser
conhecido pelo objeto. Dependendo do contexto, o verbo requer traduções diferentes. O
sentido fica ainda mais claro quando se consideram os seguintes paralelos sinônim os:
'ãmar, “dizer”, e shãm a‘, “tornar conhecido” (hifil, Jr 4.5; Êx 19.3; Dt 32.4; Is 41.22, etc.)',
sãpar, “relatar” (Jó 12.7-8; Sl 19.1 12]); bin, “com preender” (Jr 9.12 [11]); dibbér (piei de
dãbar), “falar” (Is 45.19); e y ã ‘ats, “aconselhar” (Jr 38.15). Vejam -se tam bém gãlà e
y ã d a C f . o fenício ngd (KAI, p. 16). O verbo ocorre 363 vezes.
Observem -se especialm ente passagens com o Juizes 14.12, onde o verbo nãgad tem
a conotação de “contar a solução” de um enigm a (c f v. 12), e Esdras 2.59, com o sentido
de “dem onstrar”, “dar prova escrita de”.
Teologicam ente o verbo é em pregado para aquilo que tanto Deus quanto o hom em
revelam . Deus trouxe algum as coisas diretam ente à atenção do hom em (i.e., revelou-as)
m ediante sonhos (Gn 41.25; cf. Dt 13.1; 18.16; At 2.17), profecias (Gn 49.1) e profetas
(especialm ente M oisés, Dt 4.13). Por terem essas declarações origem divina, traziam o
peso da autoridade divina (Dt 5.5). Um profeta anunciou o propósito (Is 19.12) e o ju ízo
(Is 21.2) divinos, aliás, tudo aquilo que a boca do Senhor anunciou (Jr 9.12 [11]). A
autoridade de outros porta-vozes provinha da revelação da aliança (Dt 4.13), isto é, a
autoridade de sacerdotes e anciões (Dt 17.10-11), dos pais (Êx 13.8; Dt 32.7) e de outros
líderes (c f Is 40.21). É responsabilidade (Sl 42.2 [3]; 71.17; 145.4) e privilégio (Sl 9.11
[12]; 51.15 [17]) de todos os hom ens tornar as m aravilhas de Deus proem inentes diante
da igreja do AT (Sl 30.9 [10]) e diante do m undo (Sl 22.31 [32]). Este ato era um ato de
louvor (Sl 30.9 [10]) e de ação de graças (Sl 92.2 [3]) e podia ser realizado por m eio da
m úsica (Sl 9.11 [12]). A m aior das obras de Deus, isto é, a soberana redenção de seu povo
e a declaração de justificação apenas m ediante o instrum ento da fé (e.g ., Sl 40.6 [7]), deve
ser anunciada a todas as nações (Sl 22.31 [32]; Is 48.20; 66.19; cf. Mt 28.18 e ss.).
A glória (Sl 19.1 [2]; 97.6) e a justiça (Sl 50.6) divinas são dadas a conhecer e postas
em destaque por m eio da criação visível (c f Rm 1.18 e ss.).
Deus escarnece dos incrédulos, desafiando-os a fazer com que seus “não-deuses”
revelem o passado nebuloso ou o futuro distante, isto é, todas as coisas (e.g., Is 41.22 e
ss.). Yahw eh é o único eternam ente existente (Is 43.10), onisciente (Is 44.7), Deus que
havia anunciado (Is 45.19; c f Dt 4.29), que anuncia m esm o (Is 42.9) e realiza (Is 43.12)
sua vontade soberana (Is 48.20). Ele revela ao hom em aquilo que deseja que seja
conhecido e obedecido (Am 4.13; Sl 111.6). Por isso, o hom em rebelde é indesculpável.
n e g e d . D e fr o n te (na m aioria das vezes). Esta preposição m antém a idéia básica da raiz.
É esta conotação de proem inência, de ser bem visível ou ostensivo, que a distingue de seus
sinônim os, por exem plo, m ui, “na frente de”, nõkah, “bem em frente a", ‘um m â.
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