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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2407 nod (,shmh)<br />

shãmad ocorre 63 vezes. Existem vários verbos em hebraico cujo campo semântico<br />

inclui o sentido de “destruir”, mas muitos apresentam esse significado apenas em certos<br />

contextos, kãlâ, por exemplo, tem o sentido perfeitamente inócuo de “concluir”, mas no<br />

piei pode significar “dar cabo de”, “destruir”. Algo parecido ocorre com bãla‘, “engolir”, e<br />

a sa p , “ajuntar”. sh ãm ad, por outro lado, sempre significa “destruir” ou “aniquilará<br />

Sempre aparece em passagens que tratam de vingança ou do juízo de Deus.<br />

Os objetos da destruição operada por shãmad são principalmente pessoas, quer uma<br />

nação (Dt 4.26; 28.20, 24, 45), um grupo de nações (Dt 7.23), uma família, etc. Das 63<br />

ocorrências do verbo, em apenas quatro (Lv 26.30; Nm 33.52; Os 10.8; Jr 48.8) o objeto<br />

da destruição não são pessoas.<br />

A destruição descrita por sfiãmad geralmente envolve uma catástrofe bem repentina,<br />

tais como uma guerra ou um assassinato em massa, mas em uma passagem é resultado<br />

do desgaste resultante de fome e opressão (Dt 28.48, 63). Contudo, numa outra passagem<br />

Deus é descrito como a causa básica da destruição (shãmad), ao passo que o seu povo é<br />

o instrumento que ele usa para destruir ( abad, Dt 9.3).<br />

A destruição pode ser permanente (Moabe em Jr 48.42; Jacó em Gn 34.30; os<br />

inimigos de Deus em Sl 83.11) ou, num número menor de vezes, temporária, com o em 2<br />

Reis 10.28, em que o baalismo foi destruído, mas cujas raízes continuaram intactas e mais<br />

tarde ressurgiu (2 Rs 21.3).<br />

B ib lio g r a fia : — THAT. v. 2, p. 963-4.<br />

H.J.A.<br />

2407 I7GÜ (shmh). A ce ita c o m o ra iz de:<br />

2407a tC^DÇ (shãmayim) céu.<br />

Vêem-se cognatos no ugarítico shmm, no acadiano shamú (no singular, “chuva”; no<br />

plural, “céu”), em aramaico, árabe e árabe do sul.<br />

O emprego de shãmayim se enquadra em duas amplas categorias: 1) o céu físico; e<br />

2) o céu como morada de Deus. Na primeira categoria a palavra “céu” abrange tudo o que<br />

está acima da terra, e em qualquer outra passagem o vocábulo pode incluir tudo ou<br />

apenas uma parte do todo. Juntos o céu e a terra constituem o universo (Gn 1.1). Ele dá<br />

chuva (Gn 8.2), neve (Is 55.10), geada (Jó 38.29), fogo (2 Rs 1.10), orvalho (Dt 33.13) e<br />

trovões (1 Sm 2.10). O céu sustenta o sol, a lua, os planetas e as estrelas (Gn 1.14; 15.5;<br />

Is 14.12; Am 5.26). Zacarias 2.6 [101 fala dos quatro ventos do céu, e Salmos 135.7 diz que<br />

Deus faz com que o vento saia dos depósitos que possui.<br />

Com freqüência descrevem-se os céus em linguagem figurada, dizendo-se que<br />

possuem janelas (Gn 7.11; 2 Rs 7.2; Ml 3.10, embora aqui o mais provável é que a palavra<br />

seja “comportas”, tais como as que são usadas em irrigação; veja-se 'ãrubbã), portas (Gn<br />

28.17, sha‘ar, Sl 78.23, delet), colunas (Jó 26.11) e alicerces (2 Sm 22.8). O céu é estendido<br />

e estirado como uma tenda ou cortina (Is 40.22).<br />

O emprego de tal linguagem figurada não implica a adoção de uma cosmologia pagã,<br />

da mesma forma como a expressão contemporânea “nascer do sol” não é sinal de<br />

ignorância quanto à astronomia. Freqüentemente a imagem é fenomenológica e é ao<br />

mesmo tempo apropriada e de grande força de comunicação. Por esse motivo, um Israel<br />

desobediente descobriria que o céu era como ferro (Lv 26.19) ou bronze (Dt 28.23), não<br />

dando a tão necessária chuva. Observe-se que, caso se imaginasse o céu como um cofre<br />

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