DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1421 KÇj (nosá*)
Zacarias 12.1; e Jerem ias 23.33 e ss. são provas que favorecem este ponto de vista, e não
o contrário.
O sentido correto de Lamentações 2.14 é que os falsos profetas “viram pesos e
cativeiros vãos para ti”, e não “ [tiveram] visões de sentenças falsas”. Os pesos e ameaças
de dispersão que foram preditos contra os poderes imperiais jam ais se concretizaram . A
palavra m addãhim só pode ter o sentido de “dispersão” ou “cativeiro”, de m odo que m aé’ôt
necessariam ente diz respeito ao inimigo.
Zacarias 12.1 tam bém não é uma passagem animadora. Pode-se fazer afirm ação
sem elhante acerca da passagem de Jerem ias 23.33, 34. 36, 38. A ofensa dos zom badores
não era que eles tinham atribuído o sentido negativo de peso à palavra maésã\ com a
qual Jerem ias estaria indicando uma profecia animadora, mas sim que eles faziam troça
dessas solenes declarações de juízo da parte Hn Senhor. E les indagaram, em tom
zom beteiro, que nova e pesada palavra Jerem ias tinha para o m aravilhoso pessoal de
Jerusalém . Mas isso tudo dem onstra que eles entenderam a m ensagem: era uma sentença
pesada, não apenas uma profecia ou expressão vocal!
Isaías em prega essa idéia de peso em suas mensagens contra as nações estrangeiras.
A palavra ocorre em 13.1 (Babilônia), 14.28 (Filístia), 15.1 (M oabe), 17.1 (Dam asco), 19.1
(Egito), 21.1 (Babilônia), 21.11 (Dumá), 21.13 (Arábia), 22.1 (Vale da Visão) e 23.1 (Tiro).
Ele tam bém a utiliza no m eio de seus ais, em 30.6 (contra a Besta do Sul). Todas essas
m ensagens são de natureza am eaçadora, em bora ocasionalm ente venha em seguida uma
prom essa alvissareira, tal com o em Isaías 19.16-25.
Outros “pesos” tratam deN ínive (Na 1.1), Judá (H c 1.1), Damasco (Zc 9.1), Jerusalém
(Zc 12.1), Israel (Ml 1.1), Zabade (que assassinou o rei Joás, 2 Cr 24.27) e o rei Jorão (2
Rs 9.25).
M esm o as duas passagens de Provérbios não são exceção. As palavras de Agur, em
Provérbios 30.1, são um fardo pesado lançado sobre a razão, a qual rapidam ente se volta
para a auto-exaltação. Essa fala é basicam ente uma censura, por isso é descrita com o
“peso” (c f TB). A palavra de Lemuel em Provérbios 31.1 é, sem elhantem ente, “um peso
com que sua mãe o corrigiu” (c f TB).
m a s’êt. S u b id a , lev a n ta m en to , fa r d o , p o r ç ã o . Existem 17 ocorrências desta palavra.
Ela designa, basicam ente a fumaça que sobe (Jz 20.38, 40) ou um sinal que é
levantado (Jr 6.1). (C f a carta de Laquis n! 4, linha 10.) O m esmo m ovim ento básico se
vê no erguer as mãos em oração (Sl 141.2).
De conform idade com o argum ento que entende m aséã’ com o fala profética (veja
acim a), esta palavra se refere ao peso da censura em Sofonias 3.18. O mesmo pensam ento
se encontra em Lam entações 2.14. O fardo ou calam idade previstos, dirigidos pelos falsos
profetas contra os poderes imperiais, jam ais se concretizam.
O significado mais interessante é o de “porção”, “dádiva”, “presente” ou “contribuição”
que é carregado, isto é, levado, até uma outra pessoa. Em Gênesis 43.34 o vocábulo se
refere a porções que José, da sua mesa, deu a seus irmãos, mas em 2 Samuel 11.8 ela
indica o presente de Davi dado ao leal e não desconfiado Urias. A tribo de Judá nega ter
recebido vantagens do rei Davi (2 Sm 19.42 [43], onde aparece a palavra relativa nissê’t).
Jerem ias tam bém é solto e recebe uma dádiva ou presente (Jr 40.5).
Am ós 5.11 em prega a palavra para designar um presente obrigatório ou um im posto
ou tributo injusto. E exatam ente esse o sentido da palavra no fenício tardio: “pagam ento”
ou “im posto”. A palavra era, portanto, também aplicada a pagam entos ou contribuições
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