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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1821 CR53 (paras)<br />

41.1-7 como o futuro libertador dos judeus. Em Isaías 44.28 ele é chamado de “pastor”<br />

designado por Deus e em 45.1 de o “ungido” (literalmente “messias”) de Deus. Longe de<br />

ser um poder independente que só procurava o auto-engrandecimento, Ciro é um<br />

instrumento que Deus suscitou para trazer livramento, um dos atores no palco do drama<br />

divino que se desenrola.<br />

Outros dois reis persas também se destacam na Bíblia. Se de um lado foi Ciro n<br />

quem autorizou a restauração, de outro foi Dario I (522-486 a.C.) que a confirmou. Tanto<br />

Ageu quanto Zacarias foram chamados a profetizar no segundo ano do reinado de Dario<br />

(i.e., 520 a.C.), sendo que cada uma das profecias desses dois homens trata da reconstrução<br />

de Jerusalém e do templo. Em segundo lugar, foi no reinado de Artaxerxes<br />

(465— 424 a.C.), que patrocinou e autorizou os ministérios de Esdras e Neemias, que se<br />

estimularam e se concluíram os planos de restauração em Jerusalém.<br />

Não há dúvida de que a crueldade e a cobiça que assírios e babilônios demonstraram<br />

em relação aos povos que sujeitaram inexistem entre os persas. Eles ficaram famosos em<br />

virtude do tratamento notavelmente humano dispensado a seus vassalos. Dois fatores<br />

podem ajudar a explicar essa política benigna. Primeiro, o respeito que os persas tinham<br />

pela autonomia alheia pode ter tido segundas intenções. Ou seja, os persas estavam<br />

dispostos a respeitar as susceptibilidades de cada povo somente na medida em que isso<br />

ajudasse a formar um novo império ainda maior do que os que tinham existido<br />

anteriormente, a saber, os impérios assírio e babilônico (cf. Et 1.1). Em segundo lugar, a<br />

religião da Pérsia, o zoroastrismo, tendia ela própria à tolerância, pois abria espaço para<br />

os deuses estrangeiros como ajudadores de Ahura Mazda, o deus maior. A estratégia na<br />

administração política do império pode ter sido uma conseqüência dessa mentalidade.<br />

V.P.H.<br />

1821 CHB (pãras) d i v i d i r , p a r t i r e m d o i s .<br />

Termos Derivados<br />

1821a D"12 (peres) a v e d e r a p i n a , t a l v e z u r u b u .<br />

1821 tnçnS (parsâ) c a s c o .<br />

O verbo é empregado duas vezes no qal para descrever o “repartir” o pão com o<br />

faminto (Is 58.7) ou o “partir” o pão numa refeição fúnebre (Jr 16.7; ARA, “dar”). Nas<br />

demais vezes aparece no hifil, sendo usado para designar animais que “separam” ou<br />

“fendem” o casco.<br />

parsâ. C a s c o . Substantivo encontrado em passagens (proféticas) para designar o poderio<br />

de um inimigo suscitado pelo próprio Deus contra o seu povo (Is 5.28) ou contra os<br />

vizinhos de Israel (Jr 47.3, filisteus; Ez 26.11, Tiro) ou até mesmo o poderio do próprio<br />

Israel (Mq 4.13).<br />

Mais importante é o uso de parsâ em Levítico 11.3-7 (sete vezes) e em Deuteronômio<br />

14.6-8 (cinco vezes) para descrever animais de unha fendida.<br />

Levítico 11 dá início à terceira parte do livro e trata do tema da pureza segundo a<br />

lei, ou seja, aquilo que a aliança de Deus com Israel significava para o povo em termos<br />

de vida cotidiana. Outros tópicos abordados nessa unidade incluem, além do capítulo 11<br />

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