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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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633 nrn (hãzâ)<br />

caso de hãzâ o sentido literal absoluto é raro. Sentidos metafóricos e especiais são mais<br />

comuns, como se segue:<br />

1) O sentido literal, percepção com os órgãos físicos da visão (Jó 27.12; Pv 22.29;<br />

29.30).<br />

2) A maneira especial em que o(a) amante de Cantares olha para sua(seu) amada(o)<br />

(Ct 6.13 [7.11).<br />

3) Providenciar algo, i.e., prover (do latim pro-video, “tratar de”). A idéia é a de<br />

assegurar a existência de algo necessário em determinada ocasião ou necessidade (Êx<br />

18.21; a frase final de Is 57.8 pode ser uma referência à provisão feita por Israel de<br />

objetos para rituais idólatras).<br />

4) Esta palavra é levada para o campo do puro entendimento espiritual em duas<br />

passagens notáveis (Jó 36.25 e Sl 63.2[31).<br />

5) Metaforicamente ela descreve o conhecimento divino das ações, boas ou más,<br />

praticadas entre os homens (Sl 11.4; 17.2).<br />

6) A visão imediata de Deus por parte de pessoas especialmente escolhidas (Êx 24.9-<br />

11).<br />

7) A visão reveladora concedida por Deus a mensageiros escolhidos, i.e., os profetas.<br />

Tal era, aparentemente, a experiência de Balaão, filho de Beor (Nm 24.4, 16). Esta visão<br />

dos profetas acontecia, algumas vezes, enquanto despertos, mas também “no espírito”<br />

(veja Nm 24.2). As vezes, a experiência de “ver” um sonho revelador é designada por hãzâ<br />

e h ã z á ' (aram.). Veja Dn 2.26; 4.5, 9 [2, 6]; etc.<br />

8) A visão de Deus que todos os santos terão depois da morte, sem referência a<br />

nenhum órgão físico de visão, é designada por hãzâ em duas passagens muito importantes<br />

(Sl 17.15; Jó 19.26, 27, possivelmente também Sl 11.7; Is 33.17).<br />

9) Dada a importância da visão reveladora como veículo do conhecimento especial das<br />

coisas divinas pelos profetas, a palavra às vezes significa “falar como profeta” (Is 30.10,<br />

“não profetizeis para nós o que é reto”). Pode ser que este sentido ativo (profetizar, falar<br />

como profeta) e não o sentido passivo de receber revelação profética, esteja presente em<br />

Isaías 1.1 (“que ele viu”, etc.) e em outras passagens similares (Is 2.1; 13.1; Lm 2.14; Ez<br />

13.8; Am 1.1; etc.). Mesmo falar como falso profeta pode ser descrito pela palavra hãzâ (Zc<br />

10.2). O sentido ativo é praticamente certo nesta última passagem, a íntima associação<br />

de hãzâ e das formas derivadas hõzeh, hãzôn e outras com a profecia é vista na maneira<br />

pela qual o “vidente” é por vezes definido pelo termo técnico n a bí' (2 Sm 24.11; veja<br />

especialmente Ez 12.27).<br />

Hãzôn. V isã o. Esta palavra tem um escopo de utilização semelhante ao de h izzãyôn,<br />

m ahãzeh e outros derivados de hãzâ. Como hãzôt, é usada nos títulos de certos livros<br />

proféticos (Naum e Isaías).<br />

hõzeh. V id en te. Derivado de hãzâ. Das 22 ocorrências desta palavra, 11 estão<br />

relacionadas com o nome de uma pessoa em particular, indicando seu ofício profético<br />

(Gade, 2 Sm 24.11; 1 Cr 21.9; 1 Cr 29.29; 2 Cr 29.25; Hemã, 1 Cr 25.5; Ido, 2 Cr 9.29;<br />

12.15; Hanai, 2 Cr 19.2; Asafe, 2 Cr 29.25; Jedutum, 2 Cr 35.15; Amós é designado como<br />

um hõzeh). A identidade dos ofícios de n ã b i’ (vários mss) e hõzeh (em aposição) é<br />

demonstrada em 2 Reis 17.13. Tal ponto de vista é reforçado por Amós 7.12, onde Amós<br />

é descrito como um hõzeh que profetiza, viz. hõzeh [...] tinnãbé\ Isaías 29.10 une ainda<br />

mais hõzeh e n ã b i’. Parece, portanto, que hõzeh é apenas uma palavra mais elegante que<br />

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