DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2327 bXD (shãgêl)
(Jó 6.24; 19.4), deixando im plícito que os seus pecados foram inconscientes. Em quarto
lugar, usa-se essa raiz na descrição de com o ovelhas se perdem (Ez 34.6). Elas, enquanto
pastam, sim plesm ente vão se afastando até ficarem perdidas.
As Escrituras ressaltam pelo menos três causas para tal afastamento. A primeira é
vinho e bebida forte (Is 28.7; Pv 20.1). A segunda é a m ulher estranha e sedutora (Pv
5.20, 23), que contrasta com a própria esposa, a qual deve, com os seus encantos, atrair
o próprio marido (Pv 5.19). A terceira é a incapacidade de rejeitar a instrução errada (Pv
19.27). No AT som ente Saul admite ser culpado desse erro (1 Sm 26.21).
sh eg l ’â. E rro , fa lh a . Vocábulo encontrado somente em Salmos 19.12 [13], “quem pode
discernir os seus erros? Purifica-me de faltas [nistãrõr, palavra derivada da raiz sãtar,
‘esconder’, ‘ocultar’; mas cf. DAHOOD, Psalms /, em AB, p. 124, quanto a uma possível
derivação de sür, ‘desviar-se*] secretas”. O significado então de shegi fâ fica demonstrado
em face do paralelo com nistãrôt.
m ish g e h . E n g a n o, d escu id o . Palavra achada somente em Gênesis 43.12, nas palavras
dirigidas por Jacó aos filhos, antes de estes voltarem para o Egito a fim de se avistarem
com o irmão José, a quem ainda não tinham reconhecido: "levai também dinheiro em
dobro; e o dinheiro restituído na boca dos sacos, tornai a levá-lo convosco: pode bem ser
que fosse engano/descuido [i.e., da parte de Josél”.
B ib lio g r a fia : — TDNT. v. 1, p. 268-93.
V.P.H.
2326 (shãgah) fita r, o lh a r fix a m en te.
Esse verbo é empregado três vezes no AT e sempre no grau hifil: 1) Cantares 2.9, “eis
que está detrás de nossa parede, ‘olhando pelas’ janelas, espreitando [única vez em que
o verbo süs ocorre no hifil] pelas grades”; 2) Isaías 14.16, “os que te virem [isto é, a
Lúcifer/um rei pagão cruel?] te ‘contem plarão”’; 3) Salmos 33.14, “do lugar de sua m orada
[Deus] observa todos os moradores da terra”.
A palavra ocorre algumas vezes na literatura não-canônica: Sirácida (ou Eclesiástico)
40.29, “a vida de alguém que fica o tempo todo ‘fitando’ a mesa de outro não pode ser
cham ada de vida”; e também 50.5, “quão esplêndido [o sumo sacerdote Simão] era quando,
do seu santuário, ‘m irava’ para baixo”.
Interessantíssim o é o desenvolvimento dessa raiz em escritos judaicos posteriores.
De shãgah surgiu o substantivo hashgãhâ, “providência”. Desse modo, em seu Guia para
as pessoas confusas, Maimônides analisa com certa profundidade a “providência” e
apresenta cinco pontos de vista a respeito (Guide to the perplexed, v. 3, pp. 17-24). Em
outras obras parece que se faz um a distinção entre hanhãgâ, a “providência universal que
determ ina a ordem natural do mundo”, e hashgãha, “a providência individual”.
V.P.H.
ntritô (sheg i ’â). Veja o n? 2 325a.
2327 {shãgêl) v io len ta r, e s tu p r a r (e.g., Dt 28.30; Is 13.16).
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