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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2461 "ipÇ (shãqar)<br />

2460a pE?D (mashshãq) investida, ataque (Is 33.4).<br />

2461 “IpCÍ? (shãqar) enganar, ser falso.<br />

2461a (sheqer) mentira.<br />

Termo Derivado<br />

Termo Derivado<br />

shãqar aparece seis vezes no qal e no piei. Existem cognatos em acadiano, aramaico<br />

e árabe. O verbo é empregado para designar a quebra de uma promessa, ser infiel a um<br />

tratado ou faltar a um acordo, daí a conotação de promessa vazia. Um sinônimo próximo<br />

é kãzab, que é a palavra usual para “mentir” (alguns cognatos dessa raiz designam uma<br />

“fonte inconfiável [lit.]* de água). Outras palavras às vezes traduzidas por “enganar” ou<br />

“mentir”: são kãhash (no piei), “negar a verdade”; pãtâ (no piei), “desencaminhar”,<br />

“seduzir”; e rãmâ (no piei), “trair”, “abandonar”.<br />

O alcance do verbo no sentido de quebra de uma aliança foi reconhecido por Moran<br />

(Bib 42:239), Wagner (Supp VT 16:364 e ss.) e Thomas (JSS, 1960, p. 283). Assim o salmista<br />

pôde dizer que não foi infiel à aliança com Deus (Sl 44.17 [18]), e Deus diz em Salmos<br />

89.33 [34] “jamais retirarei dele a minha bondade [ou lealdade da aliança {mas veja-se<br />

hesed R1.H.I], nem desmentirei [shãqar] a minha fidelidade”. O versículo 34 [35]<br />

prossegue: “Não violarei a minha aliança”. As demais passagens devem ser entendidas<br />

de forma semelhante (cf. Gn 21.23; 1 Sm 15.29; Is 63.8; Lv 19.11).<br />

sheqer. Mentira, falsidade, engano. Esse substantivo designa palavras ou atividades<br />

falsas no sentido de não estarem baseadas em fatos ou na realidade. Dessa maneira Davi<br />

diz em Salmos 38.19 [20]: “são muitos os que ‘sem causa’ [sheqer] me odeiam.” A<br />

testemunha falsa de Êxodo 20.16 e Deuteronômio 19.18 apresenta uma acusação falsa,<br />

infundada e não baseada em fatos.<br />

Jeremias 23.32 fala daqueles que “profetizam sonhos mentirosos”, sonhos baseados<br />

em nada mais concreto do que a imaginação do sonhador. Semelhantemente ele menciona<br />

aqueles que profetizam falsidade (27.10; cf. também Zc 10.2; 13.3). Não importa quão<br />

persuasiva ou “lógica” seja a fala de um profeta, as suas palavras são infundadas e falsas<br />

a menos que estejam baseadas na auto-revelação de Deus. Isaías 59.13 faz parte da<br />

confissão feita pelo Israel penitente. Incluída nessa confissão se encontra a afirmação de<br />

que, nos seus corações, os israelitas haviam concebido e pronunciado palavras mentirosas<br />

(sheqer). Miquéias 2.11 mostra essa atitude de Israel ao dizer que, se alguém, cuja vida<br />

se caracteriza pelo “vento e falsidade [sheqer]” (lit.), viesse até o povo de Deus com<br />

mentiras, seria tal pessoa que eles escolheriam para ser o seu profeta.<br />

Jó (13.4) acusa os seus amigos de “besuntarem a verdade com mentiras”. Num<br />

contexto diferente, Jeremias (8.10, 11) diz que desde o profeta até o sacerdote todos estão<br />

ávidos por lucro e agem com engano (sheqer), curando superficialmente o povo de Deus,<br />

anunciando paz, dizendo que tudo vai bem, quando na verdade nada está bem.<br />

Em diversas passagens ídolos são chamados de sheqer (e.g.. Is 44.20; Jr 51.17).<br />

Jeremias 10.14-15 diz dos ídolos que eles são sheqer porque “neles não há folego; vaidade<br />

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