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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1598 ~)[D (‘ã z a r )<br />

Termos Derivados<br />

1598a nri? (‘êzer) ajuda.<br />

1598b trntt? (‘ezrâ) ajuda.<br />

À exceção do acadiano e do etíope, esta raiz (‘dr) ocorre em todas as línguas<br />

semíticas. É assim que, por exemplo, em ugarítico ‘dr significa “resgatar”, “salvar” (UT<br />

19: n? 1 831). Em árabe do sul antigo significa “desculpar-se”. (O acadiano izirtu, “ajudar”,<br />

na correspondência de Tell el-Amama é um empréstimo do cananeu.) Como acontece na<br />

Bíblia, a raiz é particularmente bem atestada em inúmeros nomes pessoais: Hadididri,<br />

Asarya, Isra, etc.<br />

Empregado aproximadamente 80 vezes no a t , em geral ‘ãzar indica apoio militar<br />

O uso do vocábulo com referência ao Egito é ilustrativo. O Egito cairá apesar daqueles que<br />

lhe dão apoio. Aliás, esses aliados cairão junto com o Egito (Ez 30.8; 32.21). Além do mais,<br />

a ajuda militar egípcia a Judá é inútil, e o profeta condena a dependência de tal ajuda (Is<br />

30.7; 31.3).<br />

Usa-se ‘ãzar em vários nomes próprios compostos junto com formas do nome divino<br />

(tanto El quanto Yah): Azareel (“Deus ajudou”), Azriel (“Deus é minha ajuda”), Azarias<br />

(“O Senhor ajudou”) e Esdras (“Ajuda”, mas possivelmente derivado de uma forma que<br />

significa “O Senhor ajuda”). C f Ebenézer (“pedra de ajuda”).<br />

O auxílio divino é, muitas vezes, de natureza militar. Acaz, depois de ser derrotado<br />

por Damasco, voltou-se para os deuses dessa cidade, convencido de que eles haviam<br />

ajudado Damasco a derrotá-lo (2 Cr 28.23). O exército de Davi recebeu ainda outros<br />

recrutas de Benjamim e de Judá porque eles tinham consciência da ajuda divina<br />

concedida a Davi quando este lutou contra Saul (2 Cr 12.18). Asa recebeu auxílio divino<br />

contra o Egito (2 Cr 14.10), Uzias, contra a Filístia e outras nações (2 Cr 26.7, 13), e<br />

Amazias, contra Edom (2 Cr 25.8). O cronista está totalmente consciente da ajuda militar<br />

de Deus.<br />

Embora nem sempre se possa identificar claramente o contexto histórico, os salmos<br />

também refletem a ajuda militar divina. Jerusalém, talvez no século oitavo, é livrada das<br />

mãos de Senaqueribe por intermédio da ajuda divina (Sl 46.5 [6]). É bem possível que esse<br />

salmo também tenha alguma ênfase escatológica. Após um ataque não identificado contra<br />

Judá, o salmista ora suplicando a ajuda de Deus (Sl 79.9).<br />

A questão do apoio militar é vista na passagem escatológica muito conhecida de<br />

Isaías 63.5. Em sua ira e vindicação contra as nações, Deus não recebe ajuda humana<br />

alguma. Ele olhou ao redor à procura de auxílio humano, mas, ao não encontrá-lo,<br />

consumou sozinho o dia da vingança. Não houve instrumento humano algum, ao contrário<br />

do que havia acontecido em outras ocasiões. Embora alguns tenham visto a obra<br />

redentora de Cristo nesta passagem, isso é improvável. Um contraponto mais provável no<br />

NT é a derrota da besta em Apocalipse 19.11, em que uma vez mais se vê com clareza o<br />

caráter militar da obra de Cristo como Juiz.<br />

A ajuda à nação de Israel é um tema comum em Isaías (41.10, 13, 14; 44.2; 49.8;<br />

59.7, 9). Aqui também a cena é He natureza militar. Em face da ajuda divina, Israel terá<br />

sucesso em vencer os inimigos.<br />

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