DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1481 -TfiQ (sut)
A raiz verbal ocorre 191 vezes. Em muitos casos é um simples verbo de movimento,
expressando a ação de se desviar (Êx 3.3-4; Jz 4.18; Rt 4.1) ou de se afastar (Nm 12.10).
A idéia de afastamento também pode envolver questões espirituais. Dessa maneira,
Sansão “não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele’’ (Jz 16.20). O Espírito
do Senhor “se retirou” de Saul (1 Sm 16.14; 28.16). É trágico que continuamente se
dissesse que Israel e seus líderes não se apartaram “dos pecados de Jeroboão” (2 Rs 10.31;
13.2, 6, 11; 14.24; 15.9, 18, 24, 28; 17.22; cf. 3.3). Acerca de Jerusalém, Deus queixou-se
de que o coração do seu povo havia-se afastado dele (Ez 6.9). Infelizmente, aqueles que
“não se apartaram de seguir ao Senhor” (IBB; 2 Rs 18.6) eram em número muito pequeno.
A raiz muitas vezes descreve a apostasia de Israel. Em muitos casos é traduzida por
“desviar-se”, “apartar-se” (.e.g., Êx 32.8; Dt 9.12; 11.16). Por outro lado, “não se desviar”
era uma maneira de declarar a postura firme de alguém em seguir ao Senhor (1 Rs
22.43). Essa atitude de seguir estritamente a vontade de Deus é com freqüência descrita
mediante a associação do verbo ao conhecido tema da direita e da esquerda. É assim que
se diz acerca de Josias que “não se desviou nem para a direita nem para a esquerda” (2
Rs 22.2; cf. Dt 2.27; 5.32 [291; Js 1.7).
No grau hifil, o sentido de “retirar” é muito comum. Asa retirou, isto é, depôs, Maaca
por causa de sua idolatria ininterrupta (2 Cr 15.16). Ezequias tirou os locais e os objetos
de culto ligados à idolatria (2 Rs 18.4; 2 Cr 30.14). O povo de Deus foi instado a tirar ou
pôr de lado aquelas coisas que lhes causariam dano espiritual: deuses estranhos (Gn
35.2), todo o mal (Is 1.16), vinho (1 Sm 1.14), falsos caminhos (Sl 119.29) e falsa adoração
(Am 5.21-23).
A raiz também é encontrada um bom número de vezes na literatura sapiencial, sendo
usada para se referir às questões espirituais mais básicas. É dito a Jó (15.30) que os
ímpios irão, em última instância, perecer por ordem de Deus. A sabedoria da piedade e
o temor do Senhor afastam a pessoa das armadilhas da mórte (Pv 13.14; 14.27). Isso há
de ser aprendido plenamente durante a juventude para que se torne um comportamento
adquirido para o resto da vida (Pv 22.6).
Em vez de desviar-se dos mandamentos e da vontade de Deus para a vida, o
procedimento sábio é sempre “temer ao SENHOR e apartar-se do mal” (Pv 3.7, cf. 16.6, 17;
Jó 28.28; Sl 34.14 [15]; 37.27).
sãrâ. A fa sta m en to , d eserçã o , reb eliã o. O termo derivado sárâ também trata da
relação do homem com Deus e é empregado de duas maneiras: 1) para referir-se a
qualquer deserção moral ou legal (Dt 19.16); e 2) para indicar um claro afastamento de
Deus (Dt 13.5 [61; Is 31.6; 59.13; Jr 28.16; 29.32).
B ib lio g ra fia : — THAT, v. 2, p. 148-9.
R.D.P.
1481 *TT!C (s m í) sed u zir, fa scin a r, in stig a r, in citar.
Identificações etimológicas com outras raízes semíticas são incertas. Em contraste
com pãtâ, “ser simples”, “enganar”, nesta raiz também existe a idéia subjacente de
esperteza.
Na maioria das vezes o verbo tem uma conotação negativa. Davi, que desejava a
autoglorifícação, foi facilmente seduzido a recensear o povo (1 Cr 21.1). O oficial assírio
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