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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1971 in s {isara1)<br />

Substantivo de Origem<br />

1971a ‘•TlinS (tsãra‘a t) doença m aligna da p ele, lepra. Num sentido estrito,<br />

leucodermia e doenças correlatas.<br />

1971b iliTlS (tsir‘â) vesp a .<br />

Conquanto o vocábulo seja geralmente traduzido por “lepra”, “leproso”, a designação<br />

“lepra” não é correta do ponto de vista médico, uma vez que tsãra‘at se refere a uma<br />

gama bem maior de doenças da pele (cf. “doença contagiosa”, BLH). No entanto, por<br />

conveniência, pode-se manter o termo “lepra”.<br />

Além da ferida aberta e maligna e de pêlos brancos, que denunciavam a existência<br />

da enfermidade, a pessoa com lepra também devia ser identificada por meio de roupas<br />

rasgadas e por meio do anúncio de “imundo”, quando estivesse nas ruas, e devia viver<br />

isolada da comunidade. O AT dá o nome de quatro pessoas que ficaram leprosas. Sem<br />

contar Moisés (Êx 4.6; cf. também 2 Rs 7.3), o AT menciona Miriã (Nm 12.10), Uzias (2<br />

Rs 15.5), Geazi (2 Rs 5.27) e o sírio Naamã (2 Rs 5.1).<br />

Deus pode infligir a doença de tsãra‘at como castigo por pecados como os de ciúme<br />

(cf. Miriã), raiva e falta de submissão total aos mandamentos de Deus (cf. Uzias), e cobiça<br />

(cf. Geazi). Não se deve, porém, concluir que toda enfermidade seja resultado de um<br />

pecado individual (cf. Jó; Lc 13.1-5; Jo 9.1-7).<br />

tsãra‘at não era necessariamente incurável (cf. 2 Rs 5.7). Em contraste, a lepra era<br />

provavelmente incurável (Lv 13). De qualquer forma, a cura de tsãralat podia servir de<br />

sinal de poder divino (Êx 4.6; 2 Rs 5.8).<br />

O isolamento de um leproso era, sem dúvida alguma, uma providência sanitária para<br />

evitar um contágio maior. O fato de, na teocracia de Israel, um sacerdote ser incumbido<br />

de diagnosticar a enfermidade, não significa que os clérigos de hoje devam tomar-se<br />

agentes de saúde. Portanto, toma-se evidente o princípio do interesse divino pela saúde<br />

dos corpos não só para aquela época mas em todos os tempos (cf. Jesus, Mt 8.2-3).<br />

Doenças com erupção na pele são às vezes benignas e às vezes perigosas e altamente<br />

contagiosas, como no caso de varíola, escarlatina, etc. Na antigüidade o único controle<br />

eficaz era o isolamento. Apenas as leis hebréias traziam essas providências bastante<br />

valiosas.<br />

O vocábulo tsãra‘at é encontrado principalmente (20 vezes) nos dois capítulos que<br />

tratam dos diagnósticos e das medidas de purificação para aquele que ficou imundo<br />

(tã m ê’, Lv 13; 14). No que diz respeito ao contágio, tsãraeat se refere não apenas a<br />

erupções da pele mas também a mofo ou bolor nas roupas (Lv 13.47-52) ou nas casas (Lv<br />

14.34-53). Vê-se assim que a palavra não designa especificamente a lepra. A<br />

determinação, pelo sacerdote, de que um indivíduo estava imundo significava separação<br />

da comunidade e incapacitação cerimonial para entrar no templo (cf. 2 Cr 26.21). As<br />

medidas de purificação que deviam ser tomadas após a cura envolviam um ritual com<br />

duas aves. De acordo com KD, esse ritual era necessário para a restauração da pessoa<br />

junto à comunidade (Lv 14.2-9). Seguia-se uma série de ofertas adicionais, destacando-se<br />

a oferta pela culpa, talvez porque as doenças fossem, em última instância, associadas ao<br />

pecado (Lv 14.10-20).<br />

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