DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

647 C2U (hãkam)
646a "h-^Dn
(haklili) em bota d os com o vinho (?). As versões em português
diferem muito quanto ao significado: a ARA traz “cintilantes”, a BJ traz “turvos”,
a ARC e a BLH trazem “vermelhos” (provocado pelo vinho, Gn 49.12).
646b nVrbrn (haklilüt) em bota m en to (dos olhos em virtude da embriaguez,
Pv 23.29). Aqui a BJ traz “turvos”, e as demais, “vermelhos”.
'‘rbqn (haklili). Veja o n.° 646a.
nVrbpn chaklilüt). Veja o n.° 646b.
647 ZDH (hãkam) s er sábio, a g ir sabiam ente.
647a
tnü^n (hokmâ) sabedoria.
Termos Derivados
647b tdpn (hãkãm) sábio (como adjetivo e substantivo).
O verbo é usado 26 vezes, e a maioria dos usos é no qal, com o significado de “ser
sábio”. No grau piei o sentido é “tornar [alguémj sábio” ou “ensinar”. Dentre todas as
palavras que denotam inteligência, este verbo e seus derivados são as mais freqüentes,
ocorrendo cerca de 312 vezes no AT hebraico. Cerca de três quintos das ocorrências se
acham em Jó, em Provérbios e em Eclesiastes.
[Os principais sinônimos são bin, binâ e fbünâ. O verbo bin é usado mais
amplamente para conotar “entender”, “discernir”, “perceber”, mas os substantivos são
sinônimos próximos de hokmâ e são usados especialmente em Jó e em Provérbios. No
versículo bem conhecido de Provérbios 4.7, “entendimento” não é um estágio superior à
“sabedoria”, mas um sinônimo poético utilizado para dar ênfase. A raiz sãkal também é
usada amplamente para a inteligência e para a habilidade comum. É freqüentemnte
usada para descrever a sabedoria que conduz ao sucesso — até mesmo à prosperidade.
Esta sabedoria foi possuída por Davi (1 Sm 18.14) e caracterizará o Messias (Jr 23.5; Is
52.13). O particípio do hifil é usado particularmente em Provérbios como outro sinônimo
de hokmâ. Esta palavra, maékil, também é usada largamente para designar um tipo de
salmo, tüshiyâ, como sãkal, tem o sentido duplo de sabedoria e do sucesso que é o
resultado da sabedoria. R. L. H.]
A idéia essencial de hãkam representa um modo de pensar e uma atitude para com
as experiências da vida, incluindo questões de interesse geral e moralidade básica. Tais
assuntos se relacionam à prudência em negócios seculares, habilidades nas artes,
sensibilidade moral e experiência nos caminhos do Senhor.
O assunto “sabedoria” era discutido amplamente no antigo Oriente Médio. A
sabedoria mesopotâmica, que se originara nos sumérios, enfatizava as experiências
humanas, o caráter e os conselhos a respeito de questões práticas. Os problemas de morte
e sofrimento eram discutidos. A sabedoria egípcia incluía o conceito de ma ‘at (“verdade”,
“inteligência”, “justiça”), segundo o qual existia uma ordem no universo inteiro. J. A.
Wilson caracteriza-a como retidão criada e herdada, que a tradição moldou até chegar a
uma estabilidade bem ordenada (The culture o f ancient Egypt, University of Chicago,
1951, p. 48). Os deuses e os homens estavam sujeitos a esta ordem de conduta, que era
ensinada pelos sacerdotes. Alguns consideram que muito da sabedoria palaciana, que
grandes líderes comunicavam a seus alunos, foi importada da sabedoria egípcia (e.g., Pv
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