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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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com o seu rei e sua cidade. Em Gênesis 19.19 os anjos dificilm ente estavam presos a<br />

obrigações da aliança — ou quaisquer outras obrigações — com Ló. Na verdade, o<br />

versículo 16 afirm a que eles agiram por com paixão (cf. Is 63.9). Em Gênesis 21.23<br />

A bim eleque cita a hesed que anteriorm ente dem onstrara com o m otivo para fazer a aliança<br />

com Abraão, o que requeria ainda mais hesed. G. força um pouco 1 Sam uel 20.8, 14, 15,<br />

onde Davi e Jônatas juram amizade. Essa aliança, diz G., era a base da hesed. Talvez este<br />

seja o principal erro de G. Ele esquece-se de que alianças surgem com base em<br />

relacionam entos e que as obrigações são, com freqüência, mais profundas do que a<br />

aliança. O versículo 17 mostra que o am or de Jônatas levou-o a fazer a aliança. Quando<br />

Jônatas m orreu, Davi pranteou por amor, não por obrigação (2 Sm 1.26). O texto bíblico<br />

diz que a hesed de Davi para com a casa de Saul era por causa de Jônatas, e não devido<br />

a algum a obrigação legal (2 Sm 9.1, 3, 7). Parece que G. erra estrondosam ente quando<br />

afirm a que isso não era graça nem m isericórdia, mas um relacionam ento fraterno exigido<br />

pela lealdade da aliança. 1al ponto de vista tem deixado de perceber a profundidade do<br />

caráter de Davi. Stoebe dá a isso o nom e de prova espontânea de atitude am istosa e<br />

cordial (herzlich freundliche Gesinnung). Há necessidade de om itir outros exem plos, mas<br />

eles são sem elhantes. Todos concordam que em Ester 2.9 a palavra é usada com o sentido<br />

de favor, bondade, mas alguns tentam tornar incom um esse uso, sob a alegação de que<br />

é pós-exílico.<br />

Q uando chegam os à hesed divina, o problem a é que, obviam ente, Deus estava em<br />

aliança com os patriarcas e com Israel. Desse modo, a sua hesed pode, sem contradição,<br />

ser cham ada de hesed da aliança. Mas, dentro do m esm o raciocínio, a retidão divina, seu<br />

ju ízo, sua fidelidade, etc., poderiam ser cham ados de juízo da aliança, etc. A questão é: os<br />

textos atribuem sua hesed às suas alianças ou a seu am or eterno? Por acaso não é a<br />

hesed, conform e Dom Sorg observou (veja Bibliografia), de fato o reflexo no AT de “Deus<br />

é am or”?<br />

Um em prego bem antigo e proem inente encontra-se na declaração que Deus faz de<br />

seu próprio caráter: Êxodo 20.6, paralelo a Deuteronôm io 5.10, e tam bém Êxodo 34.6, 7.<br />

Essas passagens são analisadas por G., Sak. e Stoebe, prim eiram ente a partir do ponto<br />

de vista da divisão docum entária. Mas, fora isso, Sak. enfatiza a liberdade da hesed divina<br />

em todas essas passagens. Ela observa a proxim idade de palavras que designam<br />

m isericórdia em Êxodo 34.6, / e com enta que é ''esse aspecto da hesed de Deus (com o sua<br />

m isericórdia) que assum e m aior im portância nos escritos exílicos e pós-exílicos” — dos<br />

quais ela faz uma boa im agem — (p. 119). Ela, no entanto, considera Êxodo 20 e<br />

D euteronôm io 5 dentro de um “contexto da aliança” (p. 131) e sustenta que “aqueles que<br />

são leais (isto é, am am ) receberão hesed enquanto os desleais (isto é, os que odeiam ) serão<br />

castigados” (p. 131). Ela é levada a essa ênfase na aliança devido à idéia prévia de que,<br />

um a vez que tratados seculares tratam de am or, fraternidade e am izade entre suserano<br />

e vassalo, essas são, portanto, palavras de aliança e m ostram que pelo m enos um a aliança<br />

estava im plícita. Esse ponto de vista esquece-se de que am or é uma palavra da aliança<br />

porque reis tom aram -na em prestado do uso geral para tentar tornar as alianças eficazes.<br />

Eles tentavam fazer com que o vassalo agisse com o um irm ão, am igo e m arido. Disso não<br />

decorre que o am or de Deus seja um sim ples fator em uma aliança; ao contrário, a aliança<br />

é o sinal e a expressão do am or divino. É mais aceitável o que diz M cCarthy: “a form a do<br />

relato do Sinai, em Exodo 19— 24, a qual reflete-se no texto sem acréscim os posteriores,<br />

não confirm a a alegação de que a história está organizada de acordo com a form a de<br />

aliança . Seu ponto de vista é de que o poder e a glória de lavé e as cerim ônias realizadas<br />

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