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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2639 13 (bar)<br />

vocábulo se refere à tentativa por parte de alguém de conquistar o favor de um rei. É<br />

assim que, em Daniel 2.16, Daniel “pediu” (bf,â) que o rei lhe concedesse mais tempo para<br />

poder atender à ordem de recordar e interpretar o sonho do monarca. Esse significado<br />

também se aplica a Daniel 2.49. Em quarto lugar, a palavra descreve o pedido (= oração)<br />

de compaixão e graça feito a Deus numa situação de crise real. Desse modo, em Daniel<br />

2.18, Daniel e os seus três amigos sabiam que seriam mortos a menos que Deus fosse<br />

compassivo com eles, revelando-lhes o mistério que havia embaraçado toda a nação de<br />

intelectuais. Daniel 2.23; 6.11, 13, se enquadram nesta categoria. Em quinto lugar, o<br />

verbo pode significar simplesmente “perguntar”, como em Daniel 7.16.<br />

Nem sempre esses significados são empregados com precisão rígida. Mais de um<br />

sentido pode aplicar-se a uma passagem com um grande impacto simbólico. Por exemplo,<br />

todo capítulo 6 de Daniel gira em torno da tentativa dos inimigos de Daniel de fazer com<br />

que fosse morto. Como pretexto, aconselharam o rei a decretar que ninguém teria<br />

permissão de “fazer petição” (yib‘e ‘ baú) a outra pessoa que não o próprio rei. Com<br />

grande habilidade literária, duas vezes o texto emprega lado a lado os sentidos três e<br />

quatro. É assim que nos versículos 7 e 12 a raiz be‘ã ' significa pedir a outro ser humano<br />

ou a qualquer divindade conhecida dos antigos. E exatamente essa a questão crucial para<br />

Daniel. Embora o autor de Daniel tenha, sem dúvida alguma, lembrado que numa ocasião<br />

anterior Daniel fizera um pedido a um governante humano (2.16, 49), quando a questão<br />

central passa a ser a da soberania divina, é somente a Deus que Daniel está desejoso de<br />

“orar” ou fazer um pedido, conforme os seus inimigos sabem muito bem. Está claro que<br />

a raiz b“ã ’ é uma palavra chave em Daniel 6 em razão da sua importância em outras<br />

passagens do livro e também da sua capacidade de transmitir um amplo espectro de<br />

sentidos aparentemente simples.<br />

C.D.I.<br />

2636 (b"êl) p r o p r ie tá r io , sen hor. Uso semelhante ao do hebraico ba‘al.<br />

2637 K^p2 (biq‘ã 0 p la n ície . Uso semelhante ao hebraico.<br />

2638 1 p 3 (beqar) in vestig a r, p ro cu ra r. Um sinônimo de b“ ã ' (q.v.). À semelhança<br />

do seu sinônimo e do cognato hebraico bãqar, essa palavra pode ter um emprego<br />

tanto religioso (procura de Deus) quanto secular (busca).<br />

2639 H3 (bar) I, filh o. Usado como em hebraico (cf. o aramaísmo bar em Sl 2.12 e Pv<br />

31.2). A maioria das línguas semíticas traz nun em vez de resh no fim da palavra,<br />

como no hebraico bên, “filho”. Não é clara a origem do resh, mas observem-se as<br />

formas variantes Nabucodonosor e Nabucodorosor em hebraico. O plural de bar é<br />

grafado com nun.<br />

O versículo significativo é Daniel 7.13, que J. G. Machen e muitos outros têm<br />

interpretado como a fonte da designação que Jesus faz de si mesmo, “Filho do Homem”.<br />

Muitos defendem que essa expressão de Daniel 7.13 significa simplesmente “hom em ”,<br />

como acontece com ben 'ãdãm (Ez 2.1; etc.) em hebraico e com b*nê 'ãnãshã' (Dn<br />

2.38; 5.21) em aramaico. Talvez essa seja a interpretação correta. A visão de Daniel em<br />

7.1-14 apresenta quatro reinos simbolizados como bestas. O quinto reino é entregue a um<br />

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