DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1308 “n j (nádar)
prom essa” (com um juram ento em que se invoca a Deus e se em penha algo de valor),
cognatos ugaríticos (LT 19: n? 1 618; AisWUS 1 758) e fenícios (KAI, p. 16) com o mes
signifirado. O verbo ocorre 31 vezes.
n é d e r . V oto, o fe r ta votiva . Em Levítico 7.16; 22.18, o substantivo denota a coisa
ofertada (BJ, “sacrifício votivo”; mas ARA, “voto”, BLH, “prom essa”). Este substantivo indi
ou o resultado de nãdar, isto é, um voto, ou a coisa oferecida para cumprir um vo
Quanto a sinônim os, veja o nãdab. Tal como para o verbo, há cognatos para e s t e
substantivo em ugarítico e fenício (veja-se acima). O substantivo ocorre 59 vezes.
nêder ocorre nas listas de sacrifícios (e.g., Dt 12.6, 11) com o uma espécie de oferta
pacífica (Lv 7.16). Uma descrição mais detalhada aparece em Números 30.3 [4], onde para
nãdar (verbo) um nêder (subst.) é, literalmente, “ju rar um juram ento” (um caso de
cognato acusativo, hishshãba‘ shfbu‘â; c f Sl 132.2) e com prometer-se com aquilo que
procede da própria boca. Um nêder é algo prometido verbalm ente a Deus (Nm 30.4 [51).
Se alguém faz uma promessa dessas, está obrigado a cum prir a promessa (Dt 23.22). Na
m aioria dos casos, o contexto mostra que o voto deixa im plícita uma dádiva prom etida em
sacrifício e não sim plesm ente algumas ações, com o está implícito na nossa palavra “voto” .
Na Bíblia o “voto” é sempre à deidade, jam ais uma promessa de uma pessoa a outra.
Devem-se evitar votos precipitados (Pv 20.25; cf. Jz 11.30), porque fazê-los é insensatez
no pleno sentido da palavra (Ec 5.4 [31 e s.). Ninguém , contudo, está obrigado a fazer um
voto (prom essa) a Deus, pois deixar de fazê-lo não constitui pecado (Dt 23.23 [24]). LTm
nêder é uma espécie de oferta de ação de graças (feita até mesmo pelos gentios, Na 1.15
[2.1]) que alguém promete fazer (Sl 116.14, 18) como retribuição a um favor divino (Nm
21.1-3) ou como expressão de zelo e devoção piedosa e como louvor por uma oração
respondida (Sl 22.25 [26]). Há felicidade quando se cumpre devidam ente um voto (Jó
22.27).
Praticamente qualquer coisa que não seja já de Deus (Lv 27.26; observe-se o
desenvolvimento do conceito de dízimo, Gn 31.13) nem uma abominação para ele (Dt
23.18 [19] — com o os salários de prostituição m asculina ou feminina; c f Pv 7.14) pode ser
prom etida a Deus num voto. A pessoa pode até mesmo fazer o voto de dar-se a si mesma
para o serviço ou de dedicar outrem ao serviço e pode também resgatar-se ou ser
resgatada, oferecendo a Deus algo de valor igual ao seu serviço, mas ficando livre para
levar a sua própria vida (Lv 27.2 e ss.). Anim ais limpos dados em pagam ento de votos
eram apresentados com o ofertas votivas, menos quando não cumprissem as exigências
especificadas na lei (Lv 27.9 e ss.; c f 22.18 e ss.; nãdab). Neste caso o ofertante também
podia apresentar um a segunda oferta aceitável. Am bos os animais eram, no entanto,
santos (Lv 27.9 e ss.). Um era sacrificado, e o outro tornava-se propriedade do sacerdócio
(Lv 27.11 e s.). Levítico 27 também traz regulamentações sobre votos com promessas de
casa ou casas e de terras. Durante a peregrinação no deserto (KD, Nm 15.3), estipulou-se
a quantidade de farinha pura e de libação que deviam acom panhar os vários tipos de
animais que eventualm ente poderiam ser oferecidos como ofertas votivas.
O néder poderia ser um holocausto (Lv 22.18) ou uma oferta pacífica (Lv 7.16), caso
em que deveria ser comido no primeiro ou no segundo dia. Para mais detalhes, vejam-se
nãdab e shelãmim.
Tanto homens quanto mulheres podiam fazer votos. Isso tem, com o contrapartida,
um a institucionalização da submissão da m ulher ao homem (Nm 30.4 [5]). No entanto,
é im portante assinalar que era possível as mulheres terem bens e serem religiosam ente
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