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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2038 *K3p (q ã n ã l<br />

2038 (q ã n ã l te r ciú m e, t e r in v eja , te r z e lo (piei e hifil, som ente). Verbo<br />

denom inativo.<br />

Substantivo de Origem<br />

2038a tntGp (qin ’â ) a rd o r, zelo.<br />

2038b fK3p (qannã 0 ciu m en to .<br />

2038c (qannô 0 ciu m en to .<br />

Esse verbo indica um a em oção m uito forte em que o sujeito deseja algum a qualidade<br />

ou a posse do objeto. Essa raiz ocorre 87 vezes. Há um a ocorrência duvidosa da raiz em<br />

ugarítico (UT 19: n? 2246). O verbo é (talvez) um denom inativo de qin ’á (b d b).<br />

Pode-se em pregar o term o num sentido puramente descritivo para denotar um a das<br />

características das pessoas vivas (Ec 9.6), num sentido depreciativo para indicar paixões<br />

hostis e que causam contenda (Pv 27.4) ou num sentido positivo para designar o zelo<br />

consum idor que se concentra na pessoa am ada (Sl 69.9 [10]).<br />

Talvez seja útil pensar no “zelo” com o o sentido original, do qual derivaram as noções<br />

de uzelo pelos bens de outrem ”, ou seja, “inveja”, e “zelo pelos próprios bens”, ou seja,<br />

ct • * n<br />

aume.<br />

Por esse m otivo a raiz é freqüentem ente traduzida por “invejar”, “ter inveja”.<br />

Exprim e o sentim ento que a estéril Raquel teve em relação à fecunda Lia (Gn 30.1). Os<br />

irm ãos de José tiveram uma reação sem elhante em relação a ele depois do sonho profético<br />

(Gn 37.11). O ciúm e profundo que Edom teve do favor dispensado por Deus a Israel veio<br />

junto de ira e ódio (Ez 35.11). V ê-se que essa raiz não expressa um a em oção superficial.<br />

Deus diz que os retos não devem estar invejando a prosperidade aparente (mas breve) dos<br />

ím pios (Sl 37.1). O salm ista foi levado a deixar de ter inveja depois de considerar o<br />

derradeiro fim dos ím pios (Sl 73.3).<br />

Contudo, o significado central do vocábulo tem que ver com “ciúm e”, especialm ente<br />

no relacionam ento m atrim onial. O adultério era castigado com morte (Lv 20.10; Dt 22.22).<br />

Com o casam ento “tornam -se os dois uma só carne” (Gn 2.24). Por conseguinte, o adultério<br />

era com o que cortar fora uma parte do corpo — uma forma de assassinato. Pelo fato de<br />

a m ulher ter usurpado a posição do homem no Éden, a lei foi feita de m odo a enfatizar<br />

a sujeição da m ulher e a liderança do hom em (Gn 3.16). A partir daí se estabeleceram<br />

dispositivos para o m arido acusar a m ulher e descobrir o adultério de que suspeitasse<br />

(Nm 5). E não se deve ignorar que esse era tam bém um m eio pelo qual um a m ulher<br />

acusada m as inocente podia livrar-se da acusação e da indignação de um m arido cium ento<br />

na m edida em que o próprio Deus iria declará-la inocente. A lei estipula o fim adequado<br />

para o ciúm e justificado, a morte do culpado (IDB, v. 3, p. 332).<br />

Deus é descrito com o m arido de Israel; ele é um Deus cium ento (Êx 20.5). A idolatria<br />

é adultério espiritual e m erece a morte. Finéias desem penhou o papel do cônjuge fiel ao<br />

m atar um hom em e sua esposa estrangeira e, desse modo, interrom peu a ira do ciúm e<br />

divino (Nm 25.11). Josué repetiu a afirm ação de que Deus é um Deus cium ento que não<br />

iria tolerar a idolatria, e o povo voluntariam ente se colocou debaixo da suserania divina<br />

(Js 24.19). Com sua idolatria Israel provocou Deus a uma ira justificada, por exem plo, nos<br />

dias de Acabe, e Deus castigou. No final, depois que o povo deixou de dar atenção a<br />

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