DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2159 a n (ríb)
REDPATH, Concordance to the LXX), p rin cip ia n d o p or G ên esis 26.20, ten d o a p a la v ra o
sen tid o d e “ lu ta r”, com a id éia d e com b a te físico en tre d u as p essoa s, en tre h om en s e
a n im a is e en tre exércitos (L id d ell e Scott).
2. Por meio de uma simples transição, emprega-se o verbo para designar a luta
verbal, i.e., “discutir”, “censurar um ao outro”, como o fizeram Jacó com Labão (Gn 31.36)
ou o povo com Moisés (Êx 17.2, com 6e; também com 'im, Gn 26.20; Ne 13.25). et,
aparentemente com o sentido de “com” em vez de sinal de objeto direto, também é usado,
às vezes, depois desse verbo, como em Neemias 5.7; 13.11, 17, e mesmo com ‘al (Gn 26.21,
22). Neste último caso, a preposição talvez não esteja designando a outra parte litigante,
mas o motivo da contenda: “contenderam [rãbü\n “por isso [‘ãlêhãY (ARA, “por causa
desse [poço]”). Em uma ocasião a palavra tem o significado de “discutir” e não aparece
nenhum objeto (Os 4.4) — num imperativo negativo e em paralelo com yãkah, “brigar”,
“altercar”.
Alguns desses usos são traduzidos por machomai na LXX, o que também tem o
sentido de “discutir”; outras vezes a palavra é traduzida por loidoreõ, “maldizer”,
“discutir”, “reclamar com raiva”. Esse é um procedimento seriamente condenado no N T ( 1
Co 15.11; 6.10; 1 Tm 5.14; Mt 5.11, etc.; TWNT, v. 4, p. 293).
3. Por meio de outra transição também bastante fácil, o verbo assume um sentido
jurídico-legal, tendo, estranhamente, Deus como sujeito. Visto que Deus, como criador,
domina todas as coisas, mesmo suas as censuras têm um ar judicial, e BDB provavelmente
não está errado em colocar nesta categoria muitas referências em que “censurar” ou
“reprovar” parecem ser a melhor tradução. Outros verbos que normalmente dizem respeito
a funções de magistrados civis são às vezes empregados em paralelo com essas ocorrências
de ríb: e.g., din, “governar”, “julgar” (Is 3.13); qãtsap, “estar irado”. Às vezes,
acompanhado de um acusativo de pessoa, essa palavra apresenta o Senhor atuando como
advogado (em paralelo com shãpat, “julgar”), uma vez para julgar, uma para vindicar e
pelo menos uma para ser um din, “magistrado” (1 Sm 24.15 [16]; ARA, “juiz”; o sentido de
“agir amistosamente como magistrado” é claro nesta passagem). De outro lado, o termo
também apresenta a divindade como uma autoridade civil hostil (com acusativo de pessoa;
Is 27.8, num contexto de grande severidade). Deus, atuando em função civil amistosa, é
chamado de g õ e l, “redentor” de Judá e Israel, e o sentido é reforçado pelo infinitivo
absoluto de rib (Jr 50.34). Semelhantemente, ribâ ríbi, “defende a minha causa”, é
paralelo de g*’ãlêni (Sl 119.154), o que deve ser traduzido por “vindica-me” (ARA,
“liberta-me”; cf. Jó 19.25). Também se diz que Deus pleiteia (rib) a sua própria causa (Sl
74.22) e que defende os justos contra os (miyyad, lit., “das mãos dos”) ímpios (1 Sm 25.39).
Em um caso bastante claro emprega-se rib em referência a litígios que seres
humanos levam aos tribunais (Pv 25.8; cf. o contexto em 25.9). No entanto, caso hoje em
dia ainda subsistissem cópias de processos judiciais do antigo Israel ou de
pronunciamentos acerca deles, certamente esse vocábulo seria encontrado em tais
documentos. É difícil de explicar que, quando o A T faz referência a funções civis, o uso
dessa palavra se restrinja quase inteiramente à ação divina.
Vale a pena assinalar que aproximadamente um terço das ocorrências do verbo rtb
é traduzido na LXX por krinõ, uma palavra de forte conotação jurídico-legal.
Em anos recentes tem havido muitos debates sobre rib com referência ao processo
divino contra Israel, por ter este quebrado a aliança. (Cf. H . B. H U F F M O N , The covenant
lawsuit and the prophets, JBL 78:286-95. D. J. McCarthy apresenta uma posição mais
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