DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1905 p n s (tsãhaq)
rebeldes (Sl 2.4; 37.13; 59.8 [9]); da m esma form a procede a Sabedoria divina (Pv 1.26);
assim tam bém pode agir o justo (Sl 52.6 [8]). Sem elhantem ente o piei de sãhãq
representa a acusação, feita pela m ulher de Potifar contra José, de que “trouxe-nos meu
marido este hebreu para insultar-nos” (Gn 39.14, 17; veja-se Genesis, ICC, p. 458, que
interpreta eufem isticam ente a frase, assim como se usa hoje em dia a expressão “fazer
am or com (alguém )” Genesis, AB, p. 202-3). Sara insiste que Ismael seja m andado em bora
porque ele “caçoava de” Isaque (Gn 21.9). A IBB traduz irrelevantem ente este particípio
por “brincando”. Contudo, à luz de Gálatas 4.29, que m enciona Ismael perseguindo
Isaque, a ARA prefere o verbo “caçoar”. Observe-se que o hifil de sãhaq (2 Cr 30.10)
descreve o caçoar (ARA, “riram -se”) com que os israelitas do reino do Norte recebem o
convite de Ezequias para participarem da páscoa em Jerusalém .
De outro lado, o piei de tsãhaq avança na direção de conceitos mais positivos. Sansão
foi convocado pelos cruéis filisteus a diverti-los (Jz 16.25; ARA, “para que nos ‘divirta’”).
No Sinai, os infiéis israelitas levantaram -se para “divertir-se” (Êx 32.6). Jerem ias fez
pouco caso da com panhia “dos que se alegram ” (Jr 15.17, com o tam bém em 1 Rs 4.20).
Quando Ló advertiu seus genros acerca da im inente destruição de Sodom a (Gn 19.14),
pareceu a eles não que ele estava “zom bando” (IBB) mas que sim plesm ente “gracejava”
(ARA; cf. Pv 26.19). Isaque foi visto “divertindo-se com sua mulher, Rebeca” (Gn 26.8; ARA,
“acariciava”; IBB, “brincando”; ICC, G enesis, p. 364, “trocando carícias íntim as”). O piei de
sãhaq descreve crianças brincando (Zc 8.5; cf. Jó 41.5 [40.29]) ou m esmo as criaturas
selvagens criadas por Deus se divertindo nas montanhas (Jó 40.20, BJ; ARA, “folgam ”) e
no oceano (Sl 104.26). Pode ter o sentido de com bater (2 Sm 2.14; KB, p. 918), tocar
tam borins e dançar (1 Sm 18.6-7) ou com em orar (2 Sm 6.5, 21) a restauração da arca.
A cim a de tudo, a sabedoria pessoal de Deus (cf. a descrição de Jesus em 1 Co 1.24)
regozija-se diante de Deus Pai e deleita-se com os hom ens sobre a terra (Pv 8.30-31).
ts*hõq. R isa d a , m o tiv o d e riso. (Cf. KB, p. 918.) Festas são feitas para sfhõq (Ec 10.19),
e o riso é uma dádiva de Deus (Jó 8.21; Sl 126.2). N o entanto, a m aldade é “divertim ento”
para o insensato, é com o uma brincadeira (Pv 10.23). A risada dos insensatos é vaidade
(Ec 7.6), ao passo que a tristeza pode levar à sabedoria m elhor (v. 3). Com sua queda,
Judá tom ou-se tsehõq, motivo de “riso” (Ez 23.32; cf. Lm 3.14; o m esmo acontece com
M oabe, em Jr 48.26, 39). Duas vezes num único versículo Jó se queixa de que se tom ara
m otivo de piada para seus amigos (Jó 12.4, ARA, “irrisão”; cf. Jr 20.7).
y its h ã q . Isa q u e. Conquanto o nom e yitshãq, “Isaque” (lit., “ele ri”; Gn 17.19) tenha
surgido da incredulidade de Abraão (wayyitshãq, v. 17), ainda poderia se tornar um
sím bolo de bênção (21.6) e, pôr fim, uma maneira de identificar toda a nação de Israel
(Am 7.9, 16).
sã h a q . Uma form a alternativa de tsafiaq. Am bas aparecem em Juizes 16.25. A forma
éahaq tornou-se usual depois da época de Davi (por conseguinte vê-se até mesmo yishaq
em lugar de yitshãq, Sl 105.9; Am 7.9, 16; Jr 33.26).
B ib lio g r a fia : — BEAUCHAMP, Paul. Laughter. In: DBT. p. 263. — LEUPOLD, H. C.
Exposition o f Genesis. Baker, 1958. p. 599-601.
J.B.P.
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