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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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651 obn (hlb)<br />

O leite é usado em outras expressões que falam de prosperidade e fertilidade (Dt<br />

32.14; J1 3.18 (4.181).<br />

O processo de desenvolvimento do embrião é comparado em Jó 10.10 à coagulação<br />

do leite. (Cf. Sl 139.13-16; Ec 11.5; Sab 7.1, 2; 2 Mac 7.22, 23).<br />

Sião, em sua futura glória, sorverá o “leite das nações” e se alimentará “ao peito dos<br />

reis” (Is 60.16, ARA).<br />

Na descrição que Jó faz do homem próspero (Jó 21.24), a maioria dos estudiosos<br />

prefere seguir as versões, lendo heleb (gordura) em lugar de hãlãb (“leite”, ARC, ARA). A<br />

palavra difícil é *atin ( a r a , a r c , “baldes”), que ocorre apenas aqui. A LXX a traduz por<br />

egkata, “entranhas”, e a Vulgata, por víscera. Alguns conjecturaram que a palavra<br />

representa o aramaico 'ãtam , “flanco”, e por isso propuseram a tradução “coxas”. A BJ<br />

traduz “seus flancos bem roliços”; a BLH parafraseia fortemente, “com saúde e cheio de<br />

força”. A NIV traz “seu corpo bem nutrido”.<br />

Veja também hem ’â, hêmâ, mahâmã ot, héleb.<br />

B ib lio g ra fia : FlSHER, Loren R., ed., Ras Shamra Par alie Is, v. 1, Pontificai Biblical<br />

Institute, 1972? p. 29-32, 182. — GaSTER, Theodor H., Customs and folkways o f Jewish<br />

lifeySloane, 1955, p. 211-4. — KOSMALA, H., The so-called ritual decalogue, Annual o f the<br />

Swedish Theological Institute, 1:50-7, 60-1.<br />

A N E P apresenta gravuras relativas ao leite e à ordenha (figs. 76, 97, 99, 100 e 600).<br />

E.Y.<br />

651 (hlb) II. Aceita como raiz de:<br />

651a<br />

(hêleb) g o rd u ra , banha.<br />

Cognato do púnico hlb, do siríaco helba, do ugarítico hlb e do árabe hilbun, “gordura<br />

da barriga”. Ocorre 90 vezes, referindo-se costumeiramente à gordura de animais<br />

sacrificados, especialmente em Levítico, onde aparece 45 vezes. Deve ser distinguida de<br />

hãlãb, “leite”, cujo cognato ugarítico é hlb e o árabe é halab.<br />

A ARA geralmente traduz fiéleb por “gordura”. Exceções acham-se em Salmos 63.5Í6],<br />

onde é traduzida por “banha” ( a r c , “tutano”), em Salmos 119.70, “sebo”, e em Números<br />

18.12, 29, 30, 32, onde a metáfora é explicitada e a ARA traduz por “melhor”. O mesmo<br />

ocorre em Salmos 81.16[17], onde o adjetivo “mais fino” é usado.<br />

A gordura dos sacrifícios animais, especificamente a gordura que cercava os rins e<br />

os intestinos, era queimada pelos sacerdotes (Lv 3.3, 4, 10, 14-16). Em alguns casos a<br />

gordura da cauda dos carneiros, que chegava a pesar 5 kg, era oferecida (Lv3.9; Êx 29.22).<br />

A gordura era queimada nas seguintes ofertas: 1) no holocausto ou oferta queimada<br />

(Lv 1.8, 12, onde a palavra peder é utilizada e traduzida por “redenho” na ARA e na ARC);<br />

2) na oferta pacífica ou sacrifício de comunhão (Lv 3.9 e ss.; 7.15 e ss.); 3) na oferta pelo<br />

pecado (Lv 4.8-10); e 4) na oferta pela culpa (Lv 7.3, 4).<br />

Tal como o sangue, a gordura não devia ser comida (Lv 3.17; 7.23, 25). Se esta<br />

proibição se aplicava a toda e qualquer gordura animal ou apenas às porções especificadas<br />

é ainda uma questão de debate. A gordura do animal que morrera de causas naturais ou<br />

tivesse sido morto por outros animais poderia ser utilizada como banha (Lv 7.24).<br />

Várias teorias têm sido propostas para explicar por que a gordura era sacrificada com<br />

o sangue. Há, é claro, a razão funcional de que a gordura queima bem e produz pouco<br />

cheiro, e seria assim uma boa porção representativa das ofertas pacíficas, que eram<br />

oferecidas em grande número nos festivais religiosos e que depois eram comidas pelos<br />

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