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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2065 (qãrab)<br />

coração (Jr 12.2). Talvez Salomão oferece as suas palavras com o um sacrifício contínuo<br />

a Deus (1 Rs 8.59).<br />

qãréb. P róxim o. Esse adjetivo eqüivale a qãrôb (que traz a idéia de proximidade<br />

íntima), com exceção de que o seu uso básico (praticamente exclusivo) se dá no contexto<br />

do culto público. Ocorre 11 vezes.<br />

q*rãb. G u erra , b a ta lh a . O substantivo (um empréstimo lingüístico do aramaico; cf. GKC<br />

§84/z) denota o envolvim ento real em combate. O salmista recorda tanto a ação de lavé<br />

de livrá-lo da batalha (Sl 55.18 [19]; cf. Zc 14.3) quanto a instrução divina na arte da<br />

guerra (Sl 144.1). Compare-se com o sinônimo milhãmà. A palavra ocorre oito vezes.<br />

qirbâ. A p ro x im a çã o . As duas ocorrências desse infinitivo construto refletem o uso da<br />

raiz no contexto de culto público (veja-se abaixo; Sl 73.28; Is 58.2).<br />

qãrôb. P e r to , p a r e n te c o n s a n g ü ín eo , vizin h o. Esse adjetivo pode indicar proximidade<br />

espacial (Gn 19.20), temporal (Dt 32.35), de laços de família (Lv 21.2), interesseira (Ne<br />

13.4, NIV) ou epistemológica (Dt 30.14). Possui muitos sinônimos, por exemplo, ’êtsel,<br />

“ao lado de”, ‘alyiad e ‘ãmít, “colega”, “vizinho”, rêa‘, “com panheiro”, shãkén, “aquele que<br />

mora ao lado”, gõ 'êl, “parente consangüíneo responsável”, she'êr, “parente<br />

consangüíneo”, etc. O vocábulo ocorre 73 vezes.<br />

qorbãn. O ferta , o b la çã o . Esse substantivo denota aquilo que é trazido para perto, ou<br />

seja, uma “oferta” à divindade no sentido do que há de ser “sacrificado” (com esse sentido<br />

o vocábulo é usado para designar todos os sacrifícios e ofertas de natureza cúltica) ou<br />

simplesmente daquilo que é destinado para uso no santuário (Nm 7.13 e ss.; cf. KD,<br />

Pentateuch, v. 2, p. 271; V os, BT, p. 175). Essa palavra ocorre 80 vezes e somente em<br />

Levítico, Números e Ezequiel (20.28; 40.43). Cf. o aramaico antigo qrbn (H. <strong>DO</strong>NNER & W.<br />

ROLLIG, KAI, v. 2, p. 41). Quanto a sinônimos, compare-se com mattãná, “dádiva” (palavra<br />

com sentido mais amplo), minhâ e zãbah.<br />

O substantivo qorbãn merece consideravelmente mais atenção do que se pode dar<br />

aqui. Os principais elementos de uma oferta de culto público incluem: primeiro, aquilo que<br />

é feito pelo ofertante. Sua escolha deve refletir seu auto-sacrifício e consiste no seu<br />

alimento e naquilo que produz (VOS, BT, p. 175). Ela deve ser sem defeito porque o m elhor<br />

pertence a Deus. O amor e a consagração do ofertante devem naturalmente levá-lo a<br />

apresentar o m elhor (Gn 4.4), e somente isso poderia refletir a pureza moral do sacrifício<br />

necessário e perfeito (1 Pe 1.19). Tendo sido especificada por Deus (Lv 1— 7), a dádiva era<br />

levada ao local determinado também por Deus (KD, Pentateuch, v. 2, p. 279). Para a<br />

adoração ser aceitável, é preciso que atinja os padrões divinos. Impunham-se as mãos<br />

sobre o sacrifício enquanto ainda vivo, separando-o para a tarefa (KD, ibid.), transferindolhe<br />

não apenas as intenções mas a culpa do ofertante (VOS, BT, p. 180). A penalidade de<br />

morte, que o ofertante confessava merecer, era então vicariamente imposta ao animal<br />

(V os, ibid.). Assim o dãm (q.v.), “sangue”, era conseguido e apresentado como proteção<br />

(Hb 13.15), a carne servia de lenha (KD, op. cit., p. 280), e uma vida humana era<br />

simbolicam ente dedicada a Deus. O sacerdote recebia o sangue e a carne (ou “refeição”),<br />

apresentando-a de acordo com as especificações do ritual desejado. O todo era consumido<br />

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