30.03.2017 Views

DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1860 ")ns {pãtar)<br />

É bem conhecida a proclam ação de M al aqui as (3.1) acerca da aparição do M essias:<br />

“ de repente’ virá ao seu templo o SENHOR, a quem vós buscais” . Essa vinda repentina<br />

será um a com binação de ju ízo e vindicâção, m aldição e bênção. Quem poderá subsistir<br />

naquele dia?<br />

B ib lio g r a fia : — GOR<strong>DO</strong>N, C. H., UT, v. 11, p. 4 (quanto ao -m adverbial). — DAUBE,<br />

D., The sudden in the Scriptures, Leiden, Brill, 1964. p. 1-8.<br />

V.P.H.<br />

1860 {pãtar) in te r p r e ta r (son h os).<br />

Term o Derivado<br />

1860a ty h n a (pitrôn) in te r p r e ta ç ã o .<br />

O verbo ocorre nove vezes no AT, sem pre ligado à interpretação de sonhos, e aqui se<br />

lim ita exclusivam ente a Gênesis 40— 41, as interpretações de sonhos por José no Egito.<br />

p itr ô n . I n te r p r e ta ç ã o . Palavra que aparece som ente em Gênesis 40— 41. O equivalente<br />

aram aico de p ã tar é p eshar, que é encontrado com o substantivo e com o verbo em Daniel<br />

2— 5. Tem -se especulado que o lugar de residência de Balaão, Petor (Nm 22.5), na verdade<br />

não é um topônim o hebraico, mas o título profissional em aramaico usado por Balaão<br />

(pathorah), que seria um nom en agentis usual de pãtar, “o intérprete” (YAURE; veja-se<br />

bibliografia).<br />

N a literatura de Qumran descobriram -se “com entários” sobre diversos livros<br />

canônicos. O aspecto característico dessas com posições é que a glosa depois do versículo<br />

bíblico é precedida pela frase pishrô ‘al, “sua interpretação a respeito”. Por conseguinte,<br />

devido ao uso da raiz pshr, esses com entários (ou melhor, exposições apocalípticas de<br />

passagens bíblicas, em sua m aior parte dos Profetas) são conhecidos com o p eshãrim .<br />

O nome técnico para a interpretação de sonhos é onirom ancia. Alguém que se<br />

dedique a tal atividade é cham ado de onirócrita. E bem sabido que no antigo Oriente<br />

M édio havia toda um a disciplina de interpretação de sonhos, existindo até m esmo<br />

m anuais sobre o assunto. Nessas culturas os sonhos eram sem pre entendidos dentro de<br />

uma relação causa-efeito. M ediante m agia podia-se induzir sonhos bons. Podia-se suplicar<br />

ao deus do local que tornasse bom um sonho. Ou podiam -se cancelar os efeitos negativos<br />

de um sonho ruim m ediante um feitiço contrário.<br />

N ão é sem im portância que uma ciência de interpretação dos sonhos não tenha<br />

surgido em Israel. Apenas dois hebreus envolveram -se com onirom ancia — José e Daniel<br />

— e isso aconteceu enquanto faziam parte da corte de reis pagãos. Os hebreus bíblicos<br />

jam ais precisaram de intérpretes para explicar os seus sonhos, ao passo que indivíduos<br />

hebreus podiam interpretar sonhos para estrangeiros. E, m esmo quando o fizeram, as<br />

Escrituras enfatizam que nenhum foi capaz de solucionar o sonho m ediante sua própria<br />

sabedoria. Foi Deus quem lhes revelou a interpretação (Gn 40.8; Dn 2.7 e ss.).<br />

B ib lio g r a fia : — EHRLICH, E. L., D er Traum im A lten Testament, Beihefte ZAW 73,<br />

Berlim , Verlag Alfred Tõpelm ann, 1953. — OPPENHEIM, A. L., The interpretation o f<br />

dream s in the A ncient N ear East, Philadelphia, Am erican Philosophical Society, 1956. —<br />

YAURE, L. Elym as-Nehelam ite-Pethor, JBL 79:297-314, esp. p. 310 e ss.<br />

V.P.H.<br />

1253

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!