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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1375 ^03 (nãsak)<br />

pinga, derram a m um pouco do copo no chão, dizendo que “é para o santo”.) A religião pagã<br />

da fertilidade im aginava que seus deuses eram parecidos com os hom ens em sua<br />

necessidade de com er e beber. A raiz ugaritica nsk é bem atestada na literatura conanéia<br />

(veja G. R. DRIVER, Canaanite m yths and legends, p. 157). De m aneira que, num a<br />

passagem , Baal, o deus cananeu da fertilidade e da natureza, ordena: “D erram ai uma<br />

oferta pacífica no coração da terra, m el de um jarro no coração dos cam pos” (Baal v. iii.<br />

31-32; em Dr iv e r, p. 87). Os profetas com batiam de frente a influência dessas libações<br />

pagãs sobre a pureza da adoração de Israel. Repreendiam com severidade a prática<br />

corrupta que Israel tinha de derram ar ofertas de bebidas aos ídolos (Is 57.6; cf. 65.11; Ez<br />

20.28). A ntes da queda do Reino do Sul, Deus advertiu por interm édio de Jerem ias: “ [os<br />

judeus] ofereceram libações [nések] a outros deuses, para m e provocarem à ira” (Jr 32.29;<br />

c f 7.18 e 19.13). M esm o depois do cativeiro, os refugiados judeus no Egito continuaram<br />

a seguir suas velhas práticas pagãs e, diante da reprim enda por Jerem ias, insistiram que:<br />

“certam ente [obedeceremos] a toda a palavra que saiu da nossa boca, isto é. queim arem os<br />

incenso à rainha dos céus, e lhe oferecerem os libações, com o nós ... tem os feito nas cidades<br />

de Judá e nas ruas de Jerusalém ” (Jr 44.17; cf. 44.18-19, 25).<br />

Jacó é o prim eiro a ser m encionado com o alguém que ofereceu uma oferta de bebidas<br />

(cf. Gn 35.14). Mas não foi senão depois do êxodo do Egito que foram estabelecidas as leis<br />

que regulam entavam o nések. Com o regra geral, uma oferta de bebidas devia ser<br />

apresentada ju nto com holocaustos e ofertas de m anjares (Êx 29.40; Lv 23.13; Nm 15.1-<br />

10). A quantidade de vinho estava especificada com o um quarto de um him para cada<br />

cordeiro (Nm 15.5), um terço de um him para cada carneiro (15.6-7) e m eio him para cada<br />

novilho (15.8-10). Em bora o rei Acaz tenha construído um novo altar seguindo um m odelo<br />

pagão, parece que ele se deixou guiar pela legislação do Pentateuco ao derram ar sua<br />

oferta de bebidas ao m esm o tem po em que oferecia seu holocausto e sua oferta de<br />

m anjares (2 Rs 16.10-16).<br />

D iariam ente, à hora dos holocaustos m atutino e vespertino, uma libação deveria ser<br />

derram ada ao Senhor (Nm 28.7-8). Prática sem elhante deveria ser observada em cada<br />

um a das seguintes festas: Sábado (Nm 28.9), Lua N ova (Nm 28.14), Pães A sm os (Nm<br />

28.24), Primícias (Lv 23.13; N m 28.31), T ro m b e ta s (Nm 29.6), Expiação (N m 29.11) e<br />

Tabernáculos (Nm 29.12-39). Além disso, o nések fazia parte da cerim ônia religiosa que<br />

com pletava o voto do nazireu (Nm 6.15, 17). No livro intertestam entário de Sirácida<br />

L (tam bém conhecido com o Eclesiástico) encontra-se uma descrição do fim do ritual diário<br />

| que o sum o sacerdote realizava no templo: “Estendia a m ão sobre a taça [de libação], fazia<br />

I correr um pouco do sum o de uva, e o derram ava ao pé do altar [themelias, ‘base’], perfum e<br />

agradável ao Altíssim o, rei do m undo” (Sr 50.15, BJ). Mas alguns versículos sugerem que<br />

a libação era derram ada sobre o altar, possivelm ente sobre o sacrifício ( c f Gn 35.14, sobre<br />

I um a coluna; Êx 30.9, não sobre o altar de incenso).<br />

O liqüido norm alm ente em pregado em uma “libação” era o vinho (yayin, Êx 29.40;<br />

I N m 15.5, 7, 10 et al.) ou outra bebida ferm entada (shêkãr, Nm 28.7). Pelo m enos em uma<br />

oportunidade água foi “derram ada com o libação ao SENHOR” (2 Sm 23.16; 1 Cr 11.18). A<br />

I expressão “dez m il ribeiros de azeite” (M q 6.7), inserida num contexto de ritual sacerdotal<br />

i e de holocaustos, pode tam bém sugerir o em prego ocasional de óleo no nések. “Libação<br />

de sangue” (Sl 16.4) era uma prática pagã, algo que não é tolerado em passagem algum a<br />

no AT.<br />

Durante a época de Jesus, de conform idade com a lei do AT, a Festa dos T a­<br />

bernáculos, que durava um a sem ana inteira, incluía um a libação diária (c f Nm 29.12 e<br />

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