DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

913 ITT (yrh)
B i b l i o g r a f i a : KENYON, K. Jerusalem : Excavating 3000 years o f history. McGraw-
Hill, 1967. — PAWE, J. B. Jerusalem. In: Z P E B . — SlMONS, J. Jerusalem in the O T . BrilL
1952. — YADIN, Yigael, ed. Jerusalem revealed. Yale, 1976.
913 ITT (yrh). Aceita com o raiz de:
913a tfTV (yãrêah) l u a .
913b t!TT (yerah) m ês.
J.B.P.
yãrêah. L u a . A palavra ocorre 27 vezes. “A lua”, que freqüentemente está em paral
com “o sol”, foi criada por Deus para governar a noite e para indicar as estaçc
especialmente as ocasiões das festas (Sl 104.19; 136.9). No oriente médio a 1
proporciona luz suficiente para a realização de muitas tarefas, e durante a lua cheia
possível viajar à noite. Pessoas com certos distúrbios mentais eram consideradas por
alguns como atormentadas pela lua (Sl 121.6). [Em gr. a palavra que algumas versi
trazem como “epilético” (TB) deriva de palavras que significam atormentado pela lua,
“lunático” (ARA; Mt 4.24). A etimologia da palavra não é, necessariamente, um argumen
a favor da idéia de que naquela época se pensava que a lua causava tal enfermidade,
a nossa palavra “lunático”, que em sua etimologia reflete noções muito mais antigas.
Obviamente a lua não causa dano algum, mas, conforme observado por Dahood (P s a l m s .
In: A B , v. 3, p. 202), muitos antigos não criam assim. Davi declara que ela não pode fa z »
dano ao crente. Também é possível que Davi tivesse em mente as divindades pagãs: o
deus-sol e o deus-lua são irreais. R.L.H.] A lua era vista como algo que tinha um efeitaj
poderoso sobre a vida.
Sin, o deus-lua, era a principal divindade adorada em Ur, no sul da Babilônia e em
Harã, no noroeste da Mesopotámia. Ele estava associado com a ordem e a sabedoria.
Essas duas cidades estiveram profundamente ligadas à vida de Abraão antes de ele pa
para seguir a Deus. Os movimentos da lua eram cuidadosamente observados e faziam
vários presságios com base em sua relação com o sol, considerado seu filho. Um eclipse
era um mau presságio, e realizavam-se rituais especiais para evitar qualquer calamidade.
Por esse motivo, a crença no deus-lua tinha uma profunda influência na vida no antigo
Oriente Médio. Tal adoração era, no entanto, estritamente proibida em Israel (Dt 4.19í.
Qualquer um que fosse levado a esse ato de idolatria incorria na penalidade de
apedrejamento (Dt 17.3 ss.). Jó, para afirmar sua inocência, declarou que jamais for»|
seduzido por qualquer um desses corpos celestes, inclusive a lua (Jó 31.26 ss.).
Em Israel constantemente declarava-se que a lua era criação de Yahweh. Ela não
tinha nenhum poder externo. Por esse motivo, aquele que peregrinava para Jerusalé
não precisava ficar com medo de ser atormentado pela lua, pois com toda certeza Yahw
o protegeria (Sl 121.6). Na condição de criatura de Yahweh, a lua deve louvá-lo (Sl 148.3).
Por estar a lua sujeita a Yahweh, Josué pôde dar ordens a ela e ao sol para pararem
enquanto ele terminava a batalha (Js 10.12 s.).
Quando o dia do Senhor vier, todos os corpos celestiais serão afetados. Joel fala dei
o sol e a lua tornarem-se escuros (J1 2.10; 3.15 [4.15]) e de a lua transformar-se em
sangue (2.31 [3.4]; cf. Mc 13.24; Lc 21.25; Ap 6.12). Isaías 13.10 confirma que a lua não
dará a sua luz durante o dia de Yahweh. Isaías antevê que na era vindoura não haverá
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