DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

458 rrn (dãt)
da queima sacrificial de animais (Êx 27.3; Nm 4.13). O juízo de Deus sobre Edom é
comparado a um grande sacrifício em que tanto a espada de Deus quanto o chão estão
cobertos de “gordura” (Is 34.6, 7).
Uma vez que os animais gordos eram considerados os mais saudáveis e a gordura era
vista como a melhor parte dos animais de sacrifício (cf. Sl 20.3[4]), facilmente se entende
o emprego metafórico de “próspero” ou “rico”. O homem justo é descrito como uma árvore
frutífera, cheio de “seiva” em sua velhice (Sl 92.14[15]). Em Provérbios, o homem
generoso, o homem diligente e aquele que confia no Senhor são chamados de “prósperos”
ou “fartos” (11.25; 13.4; 28.25). As boas notícias “engordam os ossos” (IBB, Pv 15.30;
“fortalecem”, ARA). Salmos 23.5 refere-se à cabeça “ungida com óleo” para descrever as
bênçãos de Deus.
Em Deuteronômio 31.20 aparece a advertência de que quando o povo de Deus tiver-se
“fartado e engordado” (isto é, prosperado), ele abandoná-lo-á e adorará outros deuses.
H.W.
458 PR (dãt) d ecreto, lei, edito, p rescriçã o .
Este empréstimo lingüístico do persa dãta aparece 20 vezes em Ester, uma em
Esdras (8.36) várias vezes nos trechos aramaicos de Esdras e Daniel. É grafado da mesma
maneira tanto em hebraico quanto em aramaico. Uma vez que todos esses três livros
tratam de reis persas, facilmente se explica o uso desse termo estrangeiro. Ele se sobrepõe
com o uso às palavras hebraicas tôrâ, mishpãt e hõq. A relação entre “decreto” e “lei” era
bastante íntima, e “a lei dos medos e dos persas” não podia ser revogada (Et 8 8- c f Dn
6.12[13]).
Em essência a lei era aquilo que o rei queria. Seus desejos rapidamente se tornavam
lei, conforme se ilustra no fato de que a “palavra do rei” é relacionada com a lei em quatro
oportunidades no livro de Ester (TB, 2.8; 4.3; 8.17; 9.1). Isso fica ilustrado no episódio que
envolveu a rainha Vasti, que se recusou a mostrar sua beleza para os convidados do rei.
Expediu-se um edito que depunha Vasti da condição de rainha, e isso imediatamente
tornou-se parte das “leis dos persas e dos medos” (1.19). Tais editos eram escritos e, então,
enviados por todo o reino para que todos o soubessem (1.20; 3.14).
Um segundo edito, mais importante, foi preparado por Hamã, estabelecendo-se que
todos os judeus podiam ser mortos no dia 13 do mês de adar (3.14). Essa terrível ameaça
levou Mordecai e Ester a suplicar pela vida do seu povo. As intenções assassinas de Hamã
foram anuladas por um contra-decreto, de autoria de Mordecai, que dava aos judeus o
direito de se defenderem (8.13, 14). A pedido de Ester, a determinação desse edito foi
prolongada por um dia para dar aos judeus mais tempo para destruir os inimigos.
A coragem de Ester em aproximar-se do rei Assuero sem ter sido chamada ilustra
a severidade da lei persa. Ela sabia que, de acordo com a lei, caso o rei não lhe estendesse
o cetro, ela haveria de morrer (4.11, 16). A experiência de Vasti foi justamente o oposto.
Recusando-se a vir quando convocada, ela se colocou em posição de ser condenada pela
lei (1.13, 15, 19).
>«a realidade Hamã acusou os judeus da prática de leis diferentes — leis
supostamente incompatíveis com as dos persas (3.8). Neste sentido “leis” chega próximo
do s e n ::-: ce "ccstu^es'’ e “práticas religiosas”. Os inimigos de Daniel tentaram provocar
a sua queaa estar-eieeenao uma distância parecida entre “a lei do seu Deus” e a lei do rei
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