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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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878 n r (yã‘ad)<br />

praticamente idêntica a uma expressão ugarítica indicativa de uma assembléia de deuses<br />

subordinados no panteão (texto 128:11, 7, 11).<br />

A despeito do fato de que “assembléia e congregação” aparecem lado a lado (qãhãl<br />

wc‘êdá, Pv 5.14), parece que qãhãl e ‘êdá são sinônimos para todos os propósitos<br />

práticos, ‘êdâ também é usado para referir-se a grupos de animais, mas qãhãl não o é.<br />

‘êdâ ocorre a maioria das vezes em Êxodo, Levítico e Números e apenas três vezes nos<br />

profetas (Jr 6.18; 30.20; Os 7.12). Por outro lado, qãhãl aparece poucas vezes naquelas<br />

porções do Pentateuco, mas é freqüente em Deuteronomio. O livro de Crônicas emprega<br />

qãhãl inúmeras vezes, mas ‘êdâ apenas uma vez (2 Cr 5.6 = 1 Rs 8.5). Uma pessoa pode<br />

ser excluída da ‘êdâ (Èx 12.19), mas o mesmo também é válido para a qãhãl (Nm 19.20).<br />

Bastardos, amonitas e moabitas são excluídos até a décima geração; mas edomitas e<br />

egípcios são barrados só até a terceira.<br />

O que é muito característico do AT é o uso de ‘êdâ para referir-se à congregação de<br />

Israel. “A congregação” (hã‘êdâ) ocorre 77 vezes em Êxodo, Levítico, Números e Josué.<br />

Temos também “a congregação do Senhor” (Nm 27.17; 31.16; Js 22.16-17); “a congregação<br />

de Israel” (Êx 12.3; Js 22.20) e “toda a congregação”. Existe “a assembléia da congregação<br />

de Israel” ílBB, qrhal‘ãdat yisrã’êl, Êx 12.6; ARA, “o ajuntamento da congregação de<br />

Israel”) e “a assembléia da congregação dos filhos de Israel” (IBB, qehal *ãdat benê<br />

yisrã’êl, Nm 14.5; ARA. “a congregação dos filhos de Israel”).<br />

Moisés chefiou a ‘êdâ quando ela se encontrava no deserto, mas havia outras<br />

autoridades designadas: príncipps (Êx 16.22; 34.31; Nm 4.34, etc.), anciãos (Lv 4.15; Jz<br />

21.16), cabeças das casas paternas (Nm 31.26) e pessoas de renome (Nm 1.16, BJ; a ARA<br />

é obscura; 2 6 .9 ). Os homens em idade de combate eram “os arrolados da congregação”<br />

(ARA, Êx 3 8 .2 5 ; PIB, “os recenseados da comunidade”).<br />

A ‘êdá recebia sinal para reunir-se quando duas trombetas de prata eram tocadas<br />

(Nm 10.2). Ela se reunia para a guerra (Jz 20.1), para tratar de casos de quebra da<br />

aliança com o Senhor, de assuntos das tribos, de adoração (1 Rs 8.5; Sl 111.1) e em épocas<br />

de catástrofe nacional. Reunia-se para coroar um rei (1 Rs 12.20) e para outras questões<br />

políticas. Agia como uma unidade ao enviar homens para a guerra (Jz 21.10,13). O termo<br />

‘êdâ aparece pela última vez na literatura histórica (em 1 Rs 12.20) por ocasião da<br />

divisão do reino. Sua ausência em Crônicas e Esdras-Neemias é um argumento contra a<br />

idéia de que a palavra foi cunhada pela comunidade pós-exílica.<br />

m ô ‘è d . Sinal combinado, tempo determinado, estação determinada, local de<br />

assembléia, festa designada.<br />

Este substantivo masculino ocorre 223 vezes. Freqüentemente designa um tempo ou<br />

local determinados sem maior atenção para o propósito desse tempo ou local. Pode ser a<br />

época para o nascimento de uma criança (Gn 17.21; 18.14; 21.2), a vinda de uma praga<br />

(Êx 9.5), a estação migratória de uma ave (Jr 8.7), um tempo combinado (1 Sm 13.8;<br />

20.35), o momento de cumprir uma visão (Hc 2.3), os tempos do fim (Dn 8.19), on a época<br />

de festas (Lv 23.2) e solenidades (Dt 31.10).<br />

Os corpos celestes existem para determinar as estações (Gn 1.14; Sl 104.19). Cada<br />

festa é um mô‘êd. mas coletivamente elas são as “festas fixas do SENHOR” (môíãdê<br />

YHWH, Lv 23.2, etc.). Aparecendo às vezes (Os 9.5) junto de hag (que designa as três<br />

grandes festas anuais), deve-se imaginar mô(êd como uma palavra de amplo uso,<br />

indicando todas as assembléias religiosas. Jerusalém tornou-se a cidade das assembléias<br />

(Is 33.20; cf Ez 36.38), que caracterizavam-se por um grande regozijo e cuja falta foi<br />

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