DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1407 "IS} (nãtsar)
1406 (ntsts). II. A c e ita c o m o r a iz d e:
1406a p (nêts) a v e d e r a p in a (falcão ou gavião; Lv 11.16; Dt 14.15; Jó 39.26).
1407 -i* : (nãtsar) I, v ig ia r, g u a r d a r , p r e s e r v a r . A etim ologia desta palavra é
ilustrada pelo cognato acadiano natsãru, “observar” , “proteger”. O cognato árabe
nazara significa “ter em vista”, “olhar para”.
Term o Derivado
1407a “)"*] (ntsyr) p r e s e r v a d o (Is 49.6, Kethib som ente).
Este verbo aparece aproxim adam ente 60 vezes.
Uma análise daquilo que é o objeto de proteção ajuda a identificar o devido cam po
sem ântico do vocábulo. Primeiro, coisas m ateriais tais com o plantações ou instalações
m ilitares (e.g., uma vinha, Jó 27.18; um a figueira, Pv 27.18; fortificações, Na 2.2) são
guardadas. Aqueles que são colocados nessas funções são cham ados de “vigias” ou
“atalaias” (particípio plural ativo do qal, notserim, Jr 31.6; 2 Rs 17.9; 18.8). O próprio
Senhor é considerado com o um guardador ou vigia de sua vinha, Israel, e de todos os
hom ens em geral (Is 27.3; Jó 7.20).
Segundo, num sentido ético, a boca (Pv 13.3; Sl 141.3), os cam inhos da vida de
alguém (Pv 16.17), o coração (Pv 4.23) e a língua (Sl 34.14) são guardados.
Terceiro, existe o conceito de “guardar fielm ente”. Geralm ente essa idéia gira em
to m o da observância da aliança ou da lei do Senhor. O próprio Senhor é aquele que
m antém um am or leal (hesed) para com milhares de gerações (Êx 34.7). Mas os hom ens
m ortais tam bém são responsáveis por guardar a aliança (Dt 33.9; Sl 25.10) e os preceitos
ou lei de Deus (Sl 78.7; 105.45; 119.2, 22, 33, 34, 56, 69, 100, 115, 129, 145). Até m esmo
as ordens dadas pelos pais (Pv 6.20; 28.7) e a disciplina da sabedoria (Pv 3.1, 21; 4.13;
5.2) requerem o m esm o tipo de fiel observância.
Faz-se referência a Deus com o aquele que guarda do perigo ou preserva a vida do
hom em (Sl 25.20; 40.12; Pv 24.12), o rei (Sl 61.8), a paz (Is 26.3), Israel (Dt 32.10; Is 42.6;
49.8), os fiéis e suas vidas (Sl 31.24; Pv 2.8) e o conhecim ento (Pv 22.12). O Senhor
tam bém protege os justos daqueles de sua geração (Sl 12.8), das dificuldades (Sl 32.7), das
tramas secretas dos ím pios (Sl 64.2) e do hom em violento (Sl 140.2, 5).
A sabedoria guarda aqueles que não a abandonam (Pv 4.6). De igual form a a
discrição toma conta de seus filhos (Pv 2.11), e a justiça toma conta daqueles que andam
integram ente (Pv 13.6).
Em três casos em prega-se nãtsar com o sentido de “guardar segredo”. Em Isaías 48.6
o verbo refere-se a coisas ocultas não reveladas anteriorm ente por Deus. Em duas outras
passagens o sentido é negativo. Os “lugares m isteriosos” do pecado, onde o Israel rebelde
passa as noites m aquinando planos (i.e., dorm indo junto com os ídolos a fim de receber
sonhos sobre o futuro, Is 65.4) e a intenção oculta ou astuta de um a sedutora (Pv 7.10).
Outro significado é o de m anter sob ataque cidades fechadas ou sitiadas. Em
Jerem ias 4.16, parece que o particípio ativo plural do qal se refere àqueles que cercavam
a cidade, ao passo que em Ezequiel 6.12 (?) e Isaías 1.8 a palavra aponta para um a cidade
sitiada ou cercada.
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