DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

842 J?r (yãgêa*)
Termos Derivados
842a (yãgã0 g a n h o (p ro d u to d o tra b a lh o ), som ente em Jó 20.18.
842b SJy (yãgêa0 ex a u sto , en fa d on h o.
842c riVT (yeg i‘â) esg o ta n te.
842d ZPy (yãgia0 e x a u s to , somente em Jó 3.17, com o um construto plural, na
frase y eg tê kôah, lit., “exauridos de força”, isto é, esgotados pelo trabalho.
842e (y*gtà?) la b u ta , p r o d u to (d o tra b a lh o ).
O significado básico é o de “trabalhar até ficar cansado g exausto”. Og doic sinônim os,
y á ‘êp e là ’â (q.v.), tendem a ressaltar a nuança de “exaustão”. O adjetivo yãgé(a)‘ tem
form a idêntica e pode ser traduzido como “exausto, enfadonho, trabalhoso”.
Usa-se a raiz para transm itir duas idéias básicas: 1) uma ênfase no esforço do
trabalho árduo; e 2) a exaustão resultante desse trabalho. Deus quis que a labuta
resultasse nos benefícios do produto final do trabalho. Isso é especialm ente válido no
cultivo da terra (Js 24.13). Entretanto, sempre que Israel “se cansou” (lit., “labutou”; Is
57.10) da idolatria e “se enfadou” dos cam inhos de Deus (Ml 2.17), colheu o fruto de seu
trabalho: o juízo divino. Este juízo freqüentemente assumiu a forma de seca, fome e
devastação, de modo que Israel foi incapaz de colher o fruto da terra. Isto, por sua vez,
levou Israel a se queixar dc que “tem trabalhado” apenas em vão na terra (Is 49.4). No
entanto, o Senhor promete que no milênio Israel já não trabalhará em vão, mas colherá
os frutos da terra — o produto de seu trabalho (Is 62.8; 65.23). Um tipo parecido de juízo
cai sobre a Babilônia por causa da feitiçaria em que se “fatigou” (Is 47.12, 15). Para a
Babilônia, porém, não há livramento (Jr 51.58; Hc 2.13).
As Escrituras advertem contra labutar em busca de riqueza, pois a labuta de um tolo
só o fatiga (Pv 23.4; Ec 10.15).
Por ficar “exausto” dos caminhos do Senhor devido à prática da idolatria, Israel
tam bém ficará “exausto” com os juízos de Deus (Lm 5.5). Os indivíduos ficam física e
em ocionalm ente extenuados, mas o Senhor jam ais “se fatiga” em suas obras e cam inhos
(Is 40.28-31; Sl 6.8 [71). O Senhor só “se cansa” com as iniqüidades dos hom ens (cf. Is
43.24).
y cg ía ‘. T ra b a lh o á rd u o , la b u ta , p r o d u to (d o tra b a lh o ), g a n h o . (A ARA traduz por
“riqueza” em Isaías 45.14.)
Este substantivo denota o trabalho de seres que resulta num produto. É basicamente
em pregado para descrever o fruto do esforço no cultivo do cam po e no pastoreio de
animais. E bênção de Deus poder com er o produto do próprio trabalho (Sl 128.2), mas,
caso Israel se desviasse dos cam inhos de Deus e o “fruto do seu trabalho” (IBB; ara,
“suor”; Is 55.2; Os 12.8 [91) fosse iniqüidade, Deus prometia julgar o povo com a fome (Dt
28.33, c f Jr 3.24; Ag 1.11). Neste sentido o substantivo enfatiza a destruição do produto
final do “trabalho”, ao passo que o verbo destaca a ação de ‘labutar” que produzia o
resultado final. O Egito foi julgado de modo parecido (Sl 78.46) através das pragas.
Neem ias adverte acerca de uma ação disciplinadora sem elhante (Ne 5.13), enquanto as
imprecações de Davi contra seus inimigos consistem em juízos análogos (Sl 109.11).
R.H.A.
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