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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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832 -.ir (ye’õr)<br />

O s ig n ific a d o b á s ic o d e s s e v e r b o é “t o m a r , p o r v o n t a d e p r ó p r ia , a d e c is ã o d e dar<br />

a d e t e r m in a d a a t iv id a d e ” . A LXX n o r m a lm e n t e e m p r e g a archom ai p a r a t r a d u z ir esse1<br />

h e b r a ic o .<br />

________<br />

Essa decisão volitiva de com eçar a agir m ostra com clareza a função que a mente j<br />

pessoa exerce ao iniciar algo. Esse aspecto causativo do verbo é ressaltado pelo fato de<<br />

ele ocorre apenas no grau hifil. O verbo concentra-se no elem ento volitivo, não em<br />

em ocionais ou m otivacionais. Acentua o ato voluntário da vontade do indivíduo<br />

envolver-se em dado em preendim ento e não o que pode tê-lo levado a essa decisão.<br />

Esse conceito básico expressa-se de três m aneiras no AT. Em prim eiro h<br />

em prega-se o verbo num contexto de cortesia ou m odéstia, com o quando Abraão d<<br />

que “atreveu-se a falar” (Gn 18.27, 31). A pessoa está decidida a agir, m as enuncia<br />

decisão com cortesia. As pessoas em pregam esse verbo com essa conotação para<br />

convites (Jz 19.6) e para estim ular (cf. 2 Rs 5.23; 6.3; Jó 6.28).<br />

Em segundo lugar, a idéia essencial encontrada nesta raiz pode assum ir a form a i<br />

“disposição”. O indivíduo “consente em fazer algo” (c f Êx 2.21; Js 7.7; Jz 17.11).<br />

levado à hum ildade em razão do grande alcance da aliança davídica, pede modesl<br />

a Deus que “consinta em [esteja disposto aj abençoar” os descendentes do próprio<br />

(BJ, 2 Sm 7.29). Sam uel lem bra o povo de que o Senhor não abandonará Israel,<br />

“aprouve ao SENHOR” tornar Israel o seu povo (1 Sm 12.22). Nos dois incidentes, o<br />

tom ou a iniciativa de escolher Israel com o seu povo e os descendentes de Davi como<br />

linhagem m essiânica. Por isso Deus há de abençoá-los.<br />

Finalm ente, o sentido central desse verbo assum e a nuança de “determinação*<br />

“ resolução”. Tanto cananeus quanto am orreus tom aram a resoluta decisão de<br />

residência na terra de Canaã ( c f Js 17.12; Jz 1.27, 35). De form a análoga, Efraim es<br />

decidido a com eçar a andar nos cam inhos do hom em , que contrastavam com<br />

estipulações da aliança m osaica (Os 5.11). Devido a essa vontade obstinada de Efraim^<br />

Senhor o julgou.<br />

Teologicam ente, esse verbo oferece um forte apoio ao conceito do livre-arbítrio<br />

hom em , pois o hom em pode tom ar decisões de iniciar qualquer ação em particular (dent<br />

do controle hum ano), m as Deus considera-o responsável por essa decisão de sua vont<br />

R.]<br />

832 (yc,õr) N ilo , c a n a is d o N ilo , rio, c u r s o d 'á g u a , ca n a L<br />

O significado básico é “um rio ou curso d’água que claram ente form a um canal<br />

longo da terra, geralm ente referindo-se ao Nilo e/ou a seus canais”. A palavra<br />

provavelm ente, um em préstim o lingüístico do egípcio ’io’r, 'iotr. Sinônim os são: nãhár9<br />

term o genérico para um “rio” m aior (freqüentem ente o Eufrates); nahal, que indica<br />

“uádi seco”; ’ãpíqq, que descreve o “leito de rio” e p eleg, que às vezes sugere um “canal<br />

artificial”.<br />

Em prega-se esse substantivo de cinco m aneiras básicas. Primeiro, refere-se ao<br />

Nilo. Em contextos de julgam ento, a seca do N ilo descreve a destruição da fonte de<br />

do Egito (Is 23.3); a predom inância do Nilo sobre a terra do Egito é com parada<br />

abrangência do julgam ento do Egito (Is 19.6-8; Ez 29.3-10) e de outras nações (Is 23.10);<br />

a alteração do nível do Nilo é com parada à ascensão e queda de nações (Jr 46.7-8; Am<br />

8.8). Segundo, os canais do Nilo são descritos m ediante o plural desta palavra, com<br />

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